Uma homenagem gigante a David Bailey
Talvez para passar a mensagem de que David Bailey tem um talento sem medida, a editora Taschen dedicou ao fotógrafo inglês um livro em edição limitada e tamanho sumo (gigante) com uma retrospectiva do seu trabalho.
A década de 1960 estava a começar quando Jean Srimpton (Buckinghamshire, 1942) e David Bailey (Londres, 1938) se conheceram numa produção fotográfica para a Vogue inglesa. Ela iniciava a carreira de modelo e as fotografias de Bailey contribuíram para a tornar uma das supermodelos de referência. Ele era um fotógrafo autodidata em ascensão que viria a marcar a década de 60 e em poucos anos atingiu o estatuto de retratista de excelência que hoje mantém. Apaixonaram-se, largaram as relações amorosas que mantinham e começaram um curto e intenso namoro que inspirou o filme We’ll Take Manhattan (2012), da BBC. Muito antes já Bailey tinha sido a figura inspiradora da personagem Thomas, o fotógrafo do filme Blow-Up, de Michelangelo Antonioni, em 1966, película que curiosamente reflete a atmosfera desses anos loucos.
O artista que diz passar mais tempo a falar com as pessoas do que a fotografá-las recebe, agora, uma grande homenagem da editora Taschen com a publicação do livro David Bailey que contém uma retrospetiva do seu trabalho. Foram precisos dois anos a investigar os arquivos de Bailey para chegar a uma seleção de retratos tirados entre as décadas de 1950 e de 2010, organizados de forma cronológica e entre os quais se encontram personalidades tão díspares e marcantes como Nelson Mandela, os Beatles, a rainha Isabel II, Salvador Dalí, Bill Gates ou Yves Saint Laurent.

David Bailey, da Taschen, é uma edição Sumo limitada a três mil exemplares, numerados e assinados por Bailey e com um tripé para apoiar o livro de grandes dimensões desenhado por Mark Newson (€2.500). Cada livro conta com quatro capas removíveis que consistem em retratos de John Lennon com Paul McCartney, Jean Shrimpton, Mick Jagger e Andy Warhol.

Suas altezas, as influencers reais
Nos modernos contos de fadas, as plebeias que se tornam princesas continuam a ter sapatos e vestidos exclusivos, podem encomendá-los online e dominam as redes sociais. Afinal, também é nos palácios que estão as maiores influencers do nosso tempo.
Até que o Instagram os separe (ou não)
O que hoje se vê por detrás de uma bem-sucedida influencer é um homem esfomeado, munido de paciência e com um smartphone na direção da sua mais-que-tudo.