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Serralves contrata novo diretor do museu em Los Angeles

O francês Philippe Vergne será o responsável do museu de arte contemporânea do Porto a partir de abril. O sucessor de João Ribas, que bateu com a porta com acusações de censura, foi selecionado com a assessoria de cinco gestores culturais.

Philippe Vergne
Philippe Vergne
27 de fevereiro de 2019 às 16:05 António Larguesa

Philippe Vergne, 52 anos, é a escolha da Fundação de Serralves para o cargo de diretor do museu de arte contemporânea, que estava desocupado desde que João Ribas se demitiu em setembro de 2018, alegando "sistemáticas ingerências" por parte da administração.

 

Com uma experiência de 25 anos na liderança de várias instituições ligadas à arte contemporânea, na Europa e nos EUA, o novo responsável artístico da instituição portuense assumirá funções em abril, após terminar também em polémica o contrato com o Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles (MOCA), relatou o The New York Times.

 

Esta nomeação resulta de um processo de seleção internacional, com entrevistas a candidatos de várias partes do mundo, em que contou com a assessoria de "um grupo de prestigiados diretores de museus". Entre eles, a líder do londrino Tate Modern, Frances Morris, o diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Jochen Volz; e Suzanne Cotter, que dirigiu o Museu de Serralves antes de rumar ao MUDAM, no Luxemburgo.

 

"Novo e significativo capítulo" para Serralves

 

Além das qualidades como conhecedor de arte e gestor, a presidente da administração de Serralves, Ana Pinho, destaca Philippe Vergne como "um notável curador [que] traz uma visão artística sólida e inspiradora não só para o Museu e para a Coleção, mas também para o extraordinário património da Fundação de Serralves e do seu parque histórico".

 

"É internacionalmente reconhecido entre artistas, profissionais de arte e patronos, e a sua nomeação abre um novo e significativo capítulo para Serralves no excecional momento em que celebramos os 30 anos da sua criação", acrescenta. Numa nota de imprensa, a gestora que esteve debaixo de fogo no final do verão passado, negando episódios de censura na instituição e atacado a "fuga à responsabilidade" do ex-diretor do museu.

 

Traz uma visão artística sólida e inspiradora não só para o Museu e para a Coleção, mas também para o extraordinário património da Fundação de Serralves e do seu parque histórico. Ana Pinho, Presidente do Conselho de Administração de Serralves

Natural de Troyes, Philippe Vergne é licenciado em Direito pela Universidade Pantheon-Assas, Paris II, e em Arqueologia e História de Arte Moderna pela Universidade de Paris IV, Sorbonne, onde continuou os seus estudos em história de arte e obteve um mestrado e um "Diplôme d’Etudes Approfondies".

 

Na nota curricular enviada às redações, a Fundação destaca as passagens do novo quadro da instituição pelo Museu de Arte Contemporânea de Marselha, a experiência de uma década como diretor adjunto e curador chefe do Walker Art Center, em Minneapolis, e ainda a direção do Dia Art Foundation de Nova York durante cinco anos, antes de rumar a Los Angeles.

 

"O Museu de Serralves é um dos mais respeitados museus de arte contemporânea do mundo. É uma honra fazer parte de um museu cujo compromisso para com a comunidade artística internacional, nas suas várias disciplinas, é contínuo e rigoroso mantendo, ao mesmo tempo, os mais elevados padrões", resumiu Philippe Vergne, citado no comunicado divulgado esta quarta-feira, 27 de fevereiro.

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