Red Bull Cliff Diving no Feminino
As imagens mais impressionantes do evento que decorreu este fim-de-semana nos Açores.
Os Açores receberam pela quarta vez consecutiva mais uma etapa da Red Bull Cliff Diving World Series e, desta vez, a Máxima esteve presente para acompanhar a estreia das mulheres na etapa portuguesa. A prova decorreu no ilhéu de Vila Franca do Campo, em São Miguel, classificado desde 1983 como reserva natural. Este é o único local no mundo cujo ambiente remonta às origens do Cliff Diving, um desporto com origem no Havai do século XVIII.
Os saltos são realmente impressionantes e dignos de serem vistos bem de perto. As atletas femininas saltam de uma altura de 20 metros e os homens dos 28 metros (o equivalente a um salto de um prédio de oito andares). Cada um deles tem apenas três segundos para chegar à água, daí que a velocidade do salto chegue a atingir uma velocidade superior a 85 quilómetros por hora.
Também nós tivemos oportunidade de ir até à plataforma mais alta e pudemos constatar que subir até lá acima e pisar um espaço delimitado de 1.5 metros de comprimento e 0.75 metros de largura, não é tarefa fácil e certamente não aconselhável a quem sofrer de vertigens. Estando lá no topo, a experiência é única e quase indescritível, mas para quem não é profissional da modalidade, o melhor mesmo é não demorar muito tempo e tentar não dar nenhum passo em falso.
Adriana Jimenez Trejo (México), Anna Bader (Alemanha), Ginger Leigh Guber (EUA), Rachelle Simpson (EUA), Cesille Carlton (EUA), Helena Merten (Austrália), Jacqueline Valente (Brasil), Lysanne Richard (Canadá), Sophie Brundish (Reino Unido), Tara Tira Hyer (EUA) e Yana Nestsiarava (Brasil) têm sido as 11 corajosas a prestar provas.
Falámos com algumas das atletas em competição e ficámos a saber que em geral, todas elas fazem uma preparação física bastante virada para o yoga, para além dos treinos olímpicos em piscinas. Quando questionadas se sentem medo no momento em que já se encontram no abismo, prestes a dar o grande salto, a resposta é praticamente unânime - sim. Na verdade todos os atletas desta modalidade têm plena noção dos perigos que correm ao saltar e que basta um erro e alguns segundos para que tudo corra mal. É também por isso que todos eles se apoiam nesta competição, mais do que em qualquer outra, pois entendem que só assim vale a pena continuar a desafiar a natureza.
Os saltos foram avaliados por um júri composto por cinco juízes atentos a três critérios em específico: a saída da plataforma, a trajetória área e a entrada na água. O cálculo final é feito tendo em conta o grau de dificldade do salto.
Os grandes vencedores desta etapa portuguesa foram: o britânico Gary Hunt (471,80 pontos), no campeonato masculino, e a norte-americana Cesille Carlton (224.30), no setor feminino. Adriana Jimenez, mexicana, e Ginger Huber, norte-americana, ficaram no segundo (222.80) e terceiro (207.25) lugares. O mexicano Jonathan Paredes ficou em segundo lugar, com 450,90, e Andy Jones em terceiro com 412,90.
Esta etapa dos Açores foi a quinta de um circuito de oito provas que apenas termina em setembro. Em abril começou em Cartagena (Colômbia), passando depois pela La Rochelle (França), Texas (EUA), Copenhaga (Dinamarca) e Ilhéu de Vila Franca do Campo (São Miguel). Faltam agora as etapas de Mostar (Bosnia Herzegovina) Polignano a Mare (Itália) e Bilbao (Espanha).
Imagens: Red Bull Contentpool Por Ângela Mata
