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Quem estará presente no funeral do Papa Francisco?

Marcada para este sábado na Praça de São Pedro, a cerimónia reunirá líderes mundiais, membros da realeza e milhares de fiéis numa última homenagem ao pontífice argentino. Promete ser um dos momentos mais marcantes da história recente da Igreja Católica.

Foto: Getty Images
23 de abril de 2025 às 17:39 Safiya Ayoob

O mundo prepara-se para prestar a última homenagem a uma das figuras mais marcantes da Igreja Católica nos últimos anos. O Papa Francisco, falecido na passada segunda-feira aos 88 anos, será sepultado no próximo sábado, 26 de abril, dia escolhido pelo Vaticano para a realização das exéquias, que terão lugar na emblemática Praça de São Pedro. A cerimónia será um dos maiores eventos religiosos e diplomáticos da década, reunindo não só fiéis, como também uma impressionante comitiva de líderes mundiais e membros da realeza.

Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, foi o primeiro Papa oriundo da América Latina e o primeiro jesuíta a liderar a Igreja Católica. A morte ocorreu menos de 24 horas depois de ter proferido uma homilia pascal - um gesto que revela o incansável compromisso até aos últimos momentos. Apesar da fragilidade de saúde, agravada por uma pneumonia dupla nos meses recentes, manteve-se fiel à missão pastoral.

Antes do funeral, o corpo do Papa foi levado esta quarta-feira em procissão desde a Capela de Santa Marta, a sua residência papal, até à Basílica de São Pedro. Vestido com túnica vermelha, mitra papal e um rosário nas mãos, permanecerá em câmara ardente até sexta-feira, permitindo que fiéis e visitantes de todo o mundo possam prestar o tributo.

O funeral terá início às 10h de sábado, presidido pelo Cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais, que guiará os ritos finais, incluindo a oração de valência - um momento de entrega do pontífice à misericórdia de Deus. O corpo será posteriormente trasladado para a Basílica de Santa Maria Maior, onde será sepultado. Como o próprio Francisco pediu, não haverá velório privado nem a elevação do caixão num pedestal, num gesto de simplicidade coerente com o seu estilo de vida e liderança.

A presença de personalidades de todo o globo sublinha a dimensão do legado do Papa Francisco. Confirmada está a presença de figuras como o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acompanhado pela Primeira-Dama Melania Trump, o Presidente francês Emmanuel Macron, o Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, avança a BBC.

A Europa estará amplamente representada, como afirma a Reuters: o Presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, o ainda Chanceler Olaf Scholz, o Rei Philippe e a Rainha Mathilde da Bélgica, o Rei Felipe VI e a Rainha Letizia de Espanha, bem como o Rei Carl XVI Gustaf e a Rainha Sílvia da Suécia marcarão presença. Também a liderança política não faltará: Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), António Costa (Conselho Europeu), Roberta Metsola (Parlamento Europeu), e o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres.

Portugal estará representado ao mais alto nível, com a confirmação da presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do Primeiro-Ministro, Luís Montenegro. Juntar-se-ão aos seus homólogos da Irlanda, Croácia, Lituânia, Grécia, Países Baixos, Roménia, Noruega, Filipinas, entre outros.

Nem todos, no entanto, estarão presentes. O Kremlin informou que Vladimir Putin não tenciona comparecer. A ausência do Presidente russo está envolta em tensão diplomática, dado o mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional, que obriga os Estados signatários - como é o caso de Itália - a detê-lo caso entre no seu território.

O funeral do Papa Francisco será, inevitavelmente, mais do que um evento religioso. Será um marco histórico, símbolo de união num momento de luto global. Francisco não será recordado apenas pelo papel como líder espiritual de mais de mil milhões de católicos, mas também pela capacidade de diálogo inter-religioso, humildade e proximidade com os mais desfavorecidos.

Num mundo frequentemente dividido, o último adeus reunirá chefes de Estado, reis e rainhas, cardeais e simples crentes, todos com o mesmo propósito: prestar homenagem a um Papa que quis fazer da Igreja "um hospital de campanha", aberta, acolhedora e misericordiosa.

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