Pode ter em casa a nova criação de Pedro Cabrita Reis
‘De Natura’ é a 19ª peça da coleção que junta a Vista Alegre a vários artistas contemporâneo, numa edição limitada a 500 exemplares.
A extensa obra do artista plástico Pedro Cabrita Reis engloba pintura, escultura, fotografia, desenho e instalações compostas de materiais encontrados e de objetos manufaturados. A sua nova criação apropria-se de uma forma do portefólio da Vista Alegre. E a boa notícia é que pode tê-la em casa.
"Ainda que seja verdade que a forma que aparece com maior persistência ao longo do meu trabalho é de ordem vegetal – flores, folhas, árvores – a Natureza tem sido uma constante há mais de 20 anos." Explica à Máxima o artista. Neste caso particular, tendo em conta que o universo de uma peça decorativa e o universo da Vista Alegre, que trabalha basicamente em torno da cerâmica decorativa e correlativos, pareceu-me que era um pretexto e o momento ideal para retomar nessa peça o trabalho da Natureza. Repare inclusive que o nome da peça é De Natura, que é, em latim, algo como ‘acerca da Natureza’", acrescenta o Pedro Cabrita Reis.

De Natura revela o equilíbrio entre as linhas simplificadas e o despojamento gráfico, sempre com muita pureza. O trabalho é o resultado de uma fusão do património histórico e estético da marca com o olhar e criatividade de Cabrita Reis.
"Há uma tradição, se analisar as peças da Vista Alegre de uma forma transversal, pelo menos aquelas que são determinantes e constituem para a maioria das pessoas aquilo que é a imagem da marca, são peças onde é recorrente a presença do branco e do ouro. E era isso que eu precisava que se tratasse na minha peça, estar ao lado daquilo que seria a marca d’água da marca," continua. A intenção foi criar uma peça alinhada com a marca e com a herança que lhe conhecemos, por isso esta ‘taça’ é da linha da produção "normal" da Vista Alegre. "Eu não me senti, de forma alguma, com vontade de construir um objeto diferente, antes pelo contrário, interessou-me observar a produção corrente e escolher nas formas disponíveis e que a Vista Alegre usa para muitas outras coisas um objeto que me cativasse. E os objetos que são os mais simples e os mais simbólicos e os mais elementares e os mais desprovidos de inutilidades decorativas são os que me seduzem." Este objeto foi uma escolha perfeita, tanto pela forma, como pela escala, para além da qualidade. "A mim interessa-me fazer parte de um universo que já gira por si ao qual eu trago um contributo e uma transformação. E foi nessa posição enquanto artista que eu me coloquei."
Cabrita Reis junta-se assim a uma lista de artistas consagrados que trabalharam outras peças desta coleção especial da Vista Alegre, nomeadamente Almada Negreiros, Eduardo Nery, Manuel João Vieira, Pedro Calapez, Joana Vasconcelos, Oscar Mariné, Nadir Afonso, Malangatana, Portinari, Armanda Passos, António Ole, Cruzeiro Seixas, José de Guimarães, Graça Morais, Roberto Chichorro, Júlio Resende, Manuel Cargaleiro e Martins Correia. O projeto lança anualmente duas edições especiais numeradas e limitadas. Esta conta com 500 exemplares.


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