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Kristen Stewart como Jean Seaberg

A atriz narra a história de vida dramática do ícone do cinema dos anos sessenta e setenta Jean Seberg, no filme Seberg, que estreia a 27.

24 de fevereiro de 2020 às 07:00 Rita Silva Avelar

Na crítica escrita por Jeannette Catsoulis no The New York Times, o título do artigo acerca do filme Seberg é Mulher em Chamas porque numa das deixas da película, realizada por Benedict Andrew, a personagem Jean Seberg (Kristen Stewart) diz ao ativista Hakim Jamal (Anthony Mackie), que foi o seu amante: "Um homem acendeu uma fogueira e atirou-me a ela." A alusão pode ser uma metáfora para explicar o que aconteceu à verdadeira Jean Seberg (Marshalltown, Iowa, EUA, 1938 – Paris, 1979), a atriz sob cuja história se desenrola o filme e que se centra no seu eventual apoio a uma força política de extrema-esquerda americana. "Estás a brincar com o fogo", advertiu-a Jamal.

Com ascendência sueca, alemã e inglesa, e dotada de uma beleza clássica e perturbantemente inocente, Jean Seberg não tinha completado 18 anos quando se mudou para Paris para participar num casting para o papel de Joana D’Arc no filme Santa Joana, de Otto Preminger. Este realizador acabou por elegê-la entre milhares de candidatas e, apesar de Seberg não ter suscitado grande atenção com o papel, este levou-a a êxitos como Bom Dia, Tristeza (de 1958), filme de Preminger e baseado no livro homónimo de Françoise Sagan, e a O Acossado (de 1960), de Jean-Luc Godard, que a catapultaram para o estrelato internacional.

Tornou-se uma musa da nouvelle vague e uma inspiração estilística para muitas mulheres devido ao seu cabelo muito curto e louro platinado que fazia ressaltar um rosto belíssimo que evocava um misto de Ingrid Bergman, de Mia Farrow e de Faye Dunaway, mantendo, ainda assim, uma pureza singular. Mas o seu lado mais radical levá-la-ia a um final de vida desolador. A suspeita de que apoiaria o movimento de extrema-esquerda Panteras Negras e de que estaria grávida de um membro do partido, Hakim Jamal, chamou a atenção do FBI, particularmente do agente Jack Solomon (Jack O’Connell), começando a ser vigiada e ameaçada. A perseguição terá levado a atriz à loucura: aos 40 anos e após ter ingerido uma dose letal de barbitúricos e de álcool, foi encontrada sem vida no banco de trás do seu Renault, perto do seu apartamento, em Paris.

Kristen Stewart encarna com distinção essa história de fama, de martírio, de talento e de loucura, traçando um retrato simultaneamente angustiante e fascinante de uma mulher que foi, acima de tudo, destemida. Estreia a 27 de fevereiro.

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