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O yoga é como um novo amor

Quando entramos no caminho do yoga, é como viver um novo amor. Mas quando chega a preguiça, o que fazer? Siga as dicas da Filipa Veiga, professora de yoga.

25 de abril de 2015 às 07:00 Filipa Veiga
Se pensa que é a única pessoa que sente preguiça, que arranja desculpas para não fazer, para não praticar, que perde a disciplina, eu garanto-lhe que tudo isso são obstáculos universais e tão antigos que já foram tratados nos Yoga Sutras, os textos clássicos redigidos por Patanjali, no século II a. C.
 
Quando entramos no caminho do yoga, é como viver um novo amor. Tudo muda de tom, ficamos mais felizes, mais fortes, enchemo-nos de entusiasmo, fazemos promessas - ‘vamos mudar a vida’-, sentimo-nos renascer.
Mas não tardam a aparecer as primeiras desculpas. Os primeiros obstáculos. Mesmo com dez anos de prática, eles continuam a acontecer. Retrocedemos, sentimo-nos presos, temos dores, magoamo-nos, e por vezes desistimos. Parece mesmo que o mais fácil é esquecer o yoga…Mas é aqui que entra a magia deste processo do auto-conhecimento, quando começamos a perceber a nossa essência e padrões de comportamento. O tapete é o espelho do que somos e esta prática do Ashtanga Yoga é a revelação.
É claro que existem obstáculos que não controlamos, como uma doença ou uma manhã fria. Mas a maior dificuldade somos nós. A grande armadilha é a nossa mente cheia de desculpas. Cheia. A boa notícia éque isto faz parte! O yoga é um processo de transformação, de crescimento. E portanto a prática não é senão o reflexo da nossa vida, que nem sempre é perfeita, como todos sabemos.
 
Quantas vezes não acabamos a dizer «ah! deixa lá, não faz mal, é só hoje!», numa atitude de cedência, de falta de perseverança ou de preguiça mental, aquilo a que Patanjali apelidava de styana. Sabemos que praticar nos vai fazer sentir bem, mas adiamos. É uma estratégia do ego para não ter de alterar os padrões habituais, ou da mente, que não quer ser controlada.
Quando se confrontar com esta situação, que é um momento crucial, faça este exercício mental: afinal quem me comanda? Tome consciência. Aí entra tapas, o fogo da auto-disciplina. É ele que nos afasta da lassidão, que nos dáo impulso para sairmos da letargia. Uma boa estratégia para enganar a mente e a preguiça corporal é agir. Levante-se, medite um pouco, faça cinco Surya Namaskar e cinco B (Saudações ao Sol), ou cante um mantra curto.
No fim não se vai arrepender. Prometo.

Filipa Veiga, professora de yoga e autora do blogue Yoga-me.

 
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