Cláudia Vieira, o regresso aos palcos
Prestes a entrar em cena com a peça À Boleia para Hollywood, a atriz fala-nos da revela-nos os momentos de teatro que mais a marcaram.

Apesar de hoje a conhecermos como uma das atrizes (e apresentadoras) mais presentes na televisão nacional, a paixão de Cláudia Vieira pela representação só chegou muito depois da adolescência. "Foi quando comecei a gravar os Morangos com Açúcar, até porque foi precisamente aí que comecei a representar e tive consciência que era isso que queria fazer da minha vida" explica. "A minha família não tinha como hábito ir ao teatro, mas a minha avó sempre gostou bastante dos musicais. É uma família um pouco distante deste lado, o que eu lamento porque não cresci com a cultura de ir ao teatro", revela-nos a atriz. Hoje, tornou-se uma atriz curiosa e com vontade de fazer mais. "Quero construir personagens e brincar de faz de conta, e que me vão desafiando. É o que um ator pode desejar para se sentir completo - e frustrado também! – e para construir o seu lugar."

A sua primeira experiência em teatro, em 2009, foi com a peça Saia Curta e Consequência, em que contracenava com Luís Gaspar. "É um ator de quem eu gosto e que admiro, e é de uma generosidade extrema. Quando me fizeram o convite fiquei em pânico, ainda não tinha feito teatro e era algo que queria muito." Seria também a primeira vez que Cláudia pisava o palco do Teatro da Trindade, em Lisboa, a que agora regressa para apresentar À Boleia para Hollywood ao lado de João Lagarto e Sofia de Portugal, com encenação de Cucha Carvalheiro.
À Boleia para Hollywood retrata a história de Libby Tucker, uma jovem que atravessa o país, de Nova Iorque para Los Angeles, com uma missão: chegar ao cinema. O seu verdadeiro propósito, no entanto, é restabelecer a ligação com o seu pai dramaturgo, Herb Tucker (João Lagarto), não muito bem sucedido, em permanente bloqueio criativo e com problemas de comunicação com a sua companheira Steffy (Sofia de Portugal). "A Libby Tucker é bem mais nova que eu, e tem um estilo de vida completamente diferente do meu, é muito maria-rapaz. E tendo eu tantas referências na minha infância dá para ir buscar determinadas coisas para a personagem (…) eu acho que a expressão corporal dela foi um dos gigantes desafios que eu tive. Há ali um lado masculino muito forte, mas ao mesmo tempo frágil. Torna-se uma personagem ainda mais interessante quando me sinto feia a fazê-la".
A peça chega ao palco do Teatro da Trindade a 6 de setembro e fica em cena até 1 de outubro, de quarta-feira a sábado às 21h30, e ao domingo às 16h. Os bilhetes para o espectáculo estão disponíveis a partir de €8.

Veja o vídeo com entrevista à atriz.

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