Check-in Música: Dezembro
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DISCURSO DIRETO
Depois dos concertos em Portugal, o disco. Zulusa valeu a Patrícia Bastos as distinções de Melhor Cantora e Melhor Álbum Regional nos Prémios de Música Brasileira. Falámos com a cantora que traz a Amazónia nas veias e na voz.
- Há uma profusão de ritmos e influências na sua música, mas, na sua essência, diria que é a expressão genuína do Brasil?
Com certeza. A expressão genuína do Brasil é essa mistura, é esse diálogo de muitos ritmos e de letras fortes.
- Zulusa sugere uma mistura de povos, mas também evoca as suas origens. Sente-se profundamente ligada às suas raízes?
Sim, sou muito ligada ao meu povo, à minha família, que possui vários artistas. E somos todos assim, leais à nossa Amazónia, à nossa cultura, à nossa culinária, aos nossos ritmos. O meu canto é sempre uma homenagem àquela região, ao povo.
- É diferente tocar a sua música dentro e fora do Brasil?
O entendimento até pode ser diferente, mas espero levar alegria. Fico feliz em saber que Amazónia é sinónimo de magia, é lindo saber isso. Mas é isso mesmo: a Amazónia tem um povo e uma cultura de encantamento.
- Quais são as suas referências musicais?
Sempre gostei de artistas que trabalham com inovação, como a cantora Na Ozzetti, que desde sempre escutei, o compositor Itamar Assumpção, Luiz Tatit, e mais recentemente o trabalho musical de Jussara Marçal, Kiko Dinucci, Rômulo Fróes, Felipe Cordeiro, Rodrigo Campos, entre outros. Para citar os artistas estrangeiros, estão Ibrahim Ferrer e clássicos como Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Cesária Évora e os portugueses Amália Rodrigues e António Pinto Basto.
- Ouve música portuguesa?
Sim, desde criança, através de rádios AM e CD’s que chegavam pelo Amapá. Gosto muito de Roberto Leal que foi o primeiro que conheci, depois Amália Rodrigues, Dulce Pontes, Carlos do Carmo. E gosto muito da voz do António Pinto Basto. Acho a música portuguesa bela, os fados, a melancolia, tudo.
