O nosso website armazena cookies no seu equipamento que são utilizados para assegurar funcionalidades que lhe permitem uma melhor experiência de navegação e utilização. Ao prosseguir com a navegação está a consentir a sua utilização. Para saber mais sobre cookies ou para os desativar consulte a Politica de Cookies Medialivre
Atual

A verdade da vida sexual

Com várias teorias sobre encontros amorosos prazenteiros como pano de fundo, desvendamos a verdade das nossas vivências sexuais. No dia a dia!

A verdade da vida sexual
A verdade da vida sexual
30 de abril de 2013 às 06:00 Máxima

É quase certo que a arte imita a vida. E se no canto de um ecrã que exibe um filme romântico não aparecer a nota “Atenção, trata-se de uma obra de ficção”, é porque a narrativa amorosa tem a possibilidade de se tornar a nossa própria história de amor. Esta ideia talvez não esteja tão fora de moda como se julga. Acreditar na possibilidade de encontrar o príncipe encantado é provavelmente uma questão de ‘fé’. Fazer parte de uma ligação feliz, mantendo uma relação de amor e sexo sempre viçosa, é um desejo com uma enorme vontade de ser realizado. Mas, no final, no quotidiano feito de pressas, muitas solicitações e alguns cansaços, a vida não é bem assim! E as frustrações – também em matéria de sexo – são bem reais.

COMO QUEBRAR A ROTINA?

Em Amor Sem Limites (Academia do Livro), Maria do Céu Santo, obstetra e ginecologista, responde à questão:

- Evite fazer amor a horas em que nem sequer tem energia para puxar o lençol.

- Pense em locais interessantes, mesmo dentro de casa, para fazer amor com o seu parceiro.

Em Amor Sem Limites (Academia do Livro), Maria do Céu Santo, obstetra e ginecologista, responde à questão:

- Evite fazer amor a horas em que nem sequer tem energia para puxar o lençol.

A culpa é dos contos de fadas e do cinema, dirão alguns, que nos fazem acreditar na possibilidade de uma vida cheia de romance com possibilidade de se eternizar no tempo: ‘E foram felizes para sempre!’ Outros dirão que é da própria vida. Vânia Beliz, a psicóloga clínica especialista em sexologia, autora do livro Ponto Quê? O Prazer no Feminino (Objectiva), concorda que a vida real não é exatamente como os romances descrevem, mas refere que estes “perderiam talvez o interesse” se contassem a verdade tal como ela é.

Onde para o romance?

No quotidiano, a vida sexual não é tão ativa e intensa como no cinema, se calhar por isso mesmo: porque é real. Mas a rotina e o nosso dia a dia tão preenchido também têm a sua parcela de culpa na falta de espaço para o romance, segundo Vânia Beliz. E depois, “se no início estamos sempre prontas, com o avançar da relação a nossa disponibilidade tende a diminuir”, sublinha, recordando que fatores como o trabalho, eventualmente a maternidade, as obrigações e exigências “são como ervas daninhas”.

“A maioria das mulheres não se ‘produz’ para jantar com o marido em casa ou para passar uma tarde de domingo”, escreve Maria do Céu Santo, no seu livro Amor Sem Limites (Academia do Livro). Esta médica especialista de obstetrícia e ginecologia esclarece: “Se não exercer o seu poder de atração sobre o parceiro, ele tende a esquecer-se das qualidades que o encantaram.”

O tempo passa, “perde-se a energia e a intimidade, e as crises aparecem com maiores ou menores consequências”, observa Vânia Beliz. Mas também "há finais felizes", prossegue, aconselhando: “Apesar de muitas vezes nos vermos em dificuldade, devemos concentrar-nos nos momentos gratificantes e a soma destes deve sempre superar o menos bom.”  

De repente banalizou-se a intimidade…

Partir para uma relação com esta expectativa de que tudo vai ser perfeito e a vida sexual vai ser divertida e intensa a maior parte do tempo até é bom. Mas acreditar sempre “é enganador”, diz a especialista em sexologia, defendendo, no entanto, que o mais importante é “percebermos que há sempre forma de mudar, se tivermos realmente dispostas a isso”.

TREINAR O CORPO PARA O SEXO

Como podemos aumentar o desejo? Vânia Beliz explica, no seu livro Ponto Quê? O Prazer no Feminino (Objectiva). Com exercício físico, praticado de forma regular e com bom senso, a líbido aumenta:

- O método de Pilates, em particular, apresenta inúmeras vantagens: para além de fortalecer o abdómen e aumentar a flexibilidade da zona da anca, promove a força e a flexibilidade da região pélvica, podendo contribuir para o aumento do prazer sexual.

- Exercitar os músculos pélvicos através do uso de bolas vaginais.

Como podemos aumentar o desejo? Vânia Beliz explica, no seu livro Ponto Quê? O Prazer no Feminino (Objectiva). Com exercício físico, praticado de forma regular e com bom senso, a líbido aumenta:

- O método de Pilates, em particular, apresenta inúmeras vantagens: para além de fortalecer o abdómen e aumentar a flexibilidade da zona da anca, promove a força e a flexibilidade da região pélvica, podendo contribuir para o aumento do prazer sexual.

As queixas de alguma frustração relativamente à vida amorosa e sexual não se ficam pelas pessoas com alguns anos de vida em comum ou com mais idade. Também há casais na faixa dos vinte e muitos anos, namorados ou a viver juntos, a reclamar do mesmo. “Se antes assumir um namoro era um compromisso para toda a vida, hoje quase ninguém nos aponta o dedo se nos decidirmos a trocar de amante”, observa Vânia Beliz, concordando que atualmente casais mais novos também se cansam com facilidade. Defende que "há menos espera e conquista, tudo é facilitado e em algumas situações demasiado banalizado.” Apesar de valorizar a liberdade que hoje temos, a especialista mostra-se preocupada com a banalização da intimidade nos casais mais novos.

Autoestima e satisfação

A verdade da nossa vida sexual “é aquela que nos faz feliz, sem receitas, porque cada uma de nós é única”, afirma a sexóloga e exemplifica: “Se a uma mulher pode interessar ter sexo 10 vezes por semana, outras há que uma vez por mês as satisfaz.”

Vânia Beliz recorda que a vida sexual reúne vários fatores, e para a maior parte das mulheres “parece importar mais o lado emocional” do que “a habilidade técnica do parceiro, do contacto corporal, da ereção peniana e da diversidade sexual na opção dos múltiplos parceiros”. Estes foram pelo menos os resultados de um estudo que ela própria realizou com 2527 mulheres. De qualquer forma, uma coisa é certa: “A autoestima nas mulheres é uma variável quase fundamental para o caminho da satisfação.” Uma mulher que não goste de si própria e não se sinta realizada dificilmente poderá ter uma vida sexual feliz e satisfatória.

 

Fotografia: Christian Aschman / Madame Figaro

A verdade da vida sexual
1 de 4 / A verdade da vida sexual
Amor Sem Limites (Academia do Livro), de Maria do Céu Santo
2 de 4 / Amor Sem Limites (Academia do Livro), de Maria do Céu Santo
Ponto Quê? O Prazer no Feminino (Objectiva), de Vânia Beliz
3 de 4 / Ponto Quê? O Prazer no Feminino (Objectiva), de Vânia Beliz
No quotidiano, a vida sexual não é tão ativa e intensa como no cinema, se calhar porque é real.
4 de 4 / No quotidiano, a vida sexual não é tão ativa e intensa como no cinema, se calhar porque é real.
As Mais Lidas