Os melhores livros para ler agora

Estas são as leituras imperdíveis para as próximas semanas.

05 de abril de 2017 às 07:00 Rita Lúcio Martins

Nem Tudo Será Esquecido, de Wendy Walker

Se a ideia for aterrar no sofá e por lá ficar o dia inteiro, este livro será uma boa companhia. A desencadear este thriller psicológico está a violação de uma adolescente, a quem é administrado um fármaco, de forma a evitar traumas. Ela acaba por tentar o suicídio e, consequentemente, provocar uma crise no casamento dos pais, que reagem e lidam de forma diferente com o sucedido.

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Ainda Estou Viva, de Han Eun-Mi (Asa)

Nascida na Coreia do Norte, a jovem Han Eun-Mi viu os seus pais morrerem à fome e, numa tentativa de escapar ao mesmo fim, teve de suportar trabalhos violentos e pedir na rua enquanto era criança. Sempre na iminência de ser presa, torturada ou assassinada, sabia que o silêncio e a obediência cega eram a sua única hipótese de sobrevivência. Decidiu fugir, arriscando a vida e partindo rumo ao desconhecido. Em 2009, atravessou a fronteira com a China, mas tornou-se vítima de tráfico humano e foi obrigada a viver com um homem que a violou diversas vezes, acabando por a engravidar. Só em 2015, com 25 anos e um filho nos braços, é que conseguiu chegar à Coreia do Sul, onde vive finalmente em liberdade. Esta é a história dramática de uma ‘desertora’ que expõe aqui uma versão vivida e sofrida da cruel realidade do seu país, acompanhada por ilustrações de um artista, também ele desertor. Relatos e desenhos são, de resto, a única prova verdadeira da vida norte-coreana, já que lá as fotografias são proibidas.

O Jogo das Contas de Vidro, de Hermann Hesse

Considerada um clássico da literatura contemporânea, a obra que valeu ao escritor alemão o Prémio Nobel da Literatura é agora reeditada. Nela, conhecemos uma comunidade imaginária do século XXIII, em que uma elite intelectual cultiva o estudo de todas as ciências e artes através de um jogo. Josef Knecht, chefe supremo desta ordem espiritual, acaba por revelar uma sede insaciável de sabedoria que o leva a partir.

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Cevdet Bei e os seus filhos, de Orhan Pamuk

É o romance de estreia deste Prémio Nobel da Literatura, que se inspirou no avô para desenhar a personagem que dá nome ao livro. Cevdet Bei é um comerciante muçulmano que se instala com a mulher no bairro ocidental de Nisantasi, onde constrói a fortuna da família entre a queda do Império Otomano e a fundação da Turquia moderna. A história segue depois os passos dos seus descendentes, acompanhando a evolução da sociedade.

Os Imperfeitos, de Cecilia Ahern

Celestine é o exemplo da perfeição. Filha, irmã e aluna excecional, vê-se confrontada um dia com uma situação à qual reage por instinto, quebrando as regras de uma sociedade distópica que rejeita a imperfeição. Quem o faz é excluído e marcado para sempre. Inspirada no mundo escrutinador em que vivemos, a obra é o primeiro volume da série Flawed (que já tem um segundo livro a caminho) e espera-se uma adaptação para o cinema.

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O Jardineiro e o Carpinteiro, de Alison Gopnik

Com base no estudo da evolução humana e na sua própria investigação científica, uma das maiores especialistas mundiais em psicologia infantil mostra como está errada a ideia de um modelo único para uma boa ‘parentalidade’. Descrevendo uma grande variedade de experiências, a autora defende que se deve ajudar as crianças a encontrar o seu próprio caminho, deixando-as aprender enquanto criam e exploram.

A Casa das Belas Adormecidas, de Yasunari Kawabata

Escrito em 1961 por um Prémio Nobel da Literatura, este pequeno romance conta a história de um homem de 67 anos que, em busca de uma consolação para a juventude perdida, frequenta uma casa onde mulheres virgens se encontram adormecidas para que o seu corpo seja contemplado. Através de um erotismo expressivo mas subtil, o autor faz uma reflexão sobre a sexualidade, a morte e a perversão.

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Lágrimas de Sal, de Pietro Bartolo e Lidia Tilotta

Médico na ilha de Lampedusa há cerca de três décadas, Bartolo tem resgatado, acolhido e prestado assistência aos migrantes e refugiados que fazem a travessia rumo à Europa, ouvindo também as suas histórias. Umas com final feliz, outras nem tanto. Neste livro, dá-nos um impressionante testemunho humanista desta tragédia sem precedentes, ao mesmo tempo que nos apresenta o seu próprio percurso de vida.

*Textos originalmente publicados nas edições 342 (março 2017) e 343 (abril 2017) da Máxima.

1 de 14 / O Edifício de Pedra, de Asli Erdogan, €14, (Clube do Autor)
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2 de 14 / O Diabo na Cozinha, de Marco Pierre White, €18,80 (Quetzal)
3 de 14 / A Flor Amarela, de Anabela Mota Ribeiro, €15,50 (Quetzal)
4 de 14 / Meia-Noite ou O Princípio do Mundo, de Richard Zimler, €19,90 (Dom Quixote)
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5 de 14 / 13 Anos para sempre Marion, de Nora Fraisse, €15,50 (Bertrand Editora)
6 de 14 / Nem Tudo Será Esquecido, de Wendy Walker, €15,90 (Editorial Presença)
7 de 14 / A Revolução do Sono, de Arianna Huffington, €17,50 (Matéria-prima)
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8 de 14 / Ainda Estou Viva, de Han Eun-Mi, €13,90 (Asa)
9 de 14 / O Jogo das Contas de Vidro, de Hermann Hesse, €21,90 (Dom Quixote)
10 de 14 / Cevdet Bei e os seus filhos, de Orhan Pamuk, €25,11 (Editorial Presença)
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11 de 14 / Os Imperfeitos, de Cecelia Ahern, €17,50 (Editorial Presença)
12 de 14 / O Jardineiro e o Carpinteiro, de Alison Gopnik, €16,92 (Círculo de Leitores)
13 de 14 / Casa das Belas Adormecidas, de Yasunari Kawabata, €13,90 (Dom Quixote)
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14 de 14 / Lágrimas de Sal, de Pietro Bartolo e Lidia Tilotta, €15,50 (Dom Quixote)
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