Música para os seus ouvidos

As melhores sugestões musicais.

11 de junho de 2015 às 15:23 Máxima

Do fado à morna passando pela pop, Cuca Roseta alarga os contornos físicos e emocionais do seu fado. Estivemos à conversa com a fadista e ficámos a conhecer Riû, o seu novo trabalho.

Como é que surgiu a possibilidade de colaborar com Nelson Motta? Eu andava à procura de um produtor brasileiro para o meu disco, porque acho que essa visão positiva da melancolia do samba era o que faltava ao meu fado. Jantei com Nelson Motta por acaso e aproveitei a oportunidade! E, como nada acontece por acaso, ele mesmo, depois de estar dez anos sem produzir discos, disse que sim. É uma pessoa que mudou a minha vida, com quem cresci e aprendi muito e com quem encontrei uma sonoridade única.

Podemos falar em saída da zona de conforto ou trata-se precisamente do contrário, de uma viagem de encontro às suas referências e inspirações musicais? Uma viagem às minhas referências musicais sem dúvida, uma viagem pelo mundo, um encontro do fado com o mundo e com ritmos que talvez possam estar na sua raiz...

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Faz sentido falar deste world fado como o fado do século XXI? Faz todo o sentido. O fado é Património Imaterial da Humanidade, o fado já é música do mundo há muito tempo e mais valorizado em muitos países do que em Portugal.

Este novo fado tem a ver não só com a sonoridade mas também com a intenção. Será porventura mais feliz? Este fado é positivo, como eu. Intenso, nostálgico, romântico, melancólico até, mas sempre com o olhar na esperança, sempre com o olhar no lado positivo da dor. E essa sou eu: uma pessoa que luta, que segue em frente...

O álbum conta com compositores muito distintos. O que é que este leque de colaboradores diz de si? Todos influenciaram o meu fado. Cresci a ouvir Sara Tavares, Jorge Palma e João Gil... Bryan Adams e Djavan são referências, Ivan Lins um dos compositores que mais admiro. Pedro Joia e Júlio Resende são artistas com os quais tive a sorte de me cruzar.

1 de 5 / THE CENTENNIAL COLLECTION, Billie Holiday Por ocasião do centenário do nascimento da cantora norte-americana, esta antologia apresenta 20 temas lançados entre 1935 e 1945.
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2 de 5 / CHAOS AND THE CALM, James Bay Distinguido com o Critics Choice Award nos Brit Awards deste ano, James Bay é um dos nomes do cartaz do NOS Alive.
3 de 5 / CAIXA NEGRA, GNR Formados em 1981, os GNR regressam com a vitalidade de outros tempos, numa receita em que sarcasmo, pertinência e humor encontram uma combinação sem igual.
4 de 5 / MÚSICAS PARA CHURRASCO II, Seu Jorge Para perceber a boa energia de Seu Jorge é só deixar rolar o samba e ouvir os temas que aproveitam o sucesso do primeiro volume, lançado em 2011.
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5 de 5 / RIÛ, Cuca Roseta.
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