Há 25 protestos dos coletes amarelos autorizados em Portugal
A PSP regista protestos autorizados em 17 distritos nacionais. A polícia deixa ainda conselhos aos cidadãos e manifestantes para que seja mantida a ordem.
De forma geral, as manifestações em França concentram-se sobretudo na zona leste da capital, contudo, nos últimos cinco fins de semana, os "Coletes Amarelos" dirigiram-se especialmente à zona onde o luxo se encontra em letras grandes à entrada dos edifícios.
Talvez se deva ao facto desta zona ser também a morada do presidente francês, Emmanuel Macron, e por isso, as lojas de luxo viram-se obrigadas a protegerem-se de possívels manifestações na cidade. Para além de fechadas ao público numa altura altamente lucrativa – o Natal – as grandes marcas francesas ou estrangeiras, mas com lojas em Paris, tiveram que tomar medidas de proteção, entre elas, entaipar as fachadas e entradas.
Com um aspeto quase apocalíptico, boutiques como as da Céline, Gucci, Balenciaga, Balmain, Kenzo, Ralph Lauren e Yves Saint Laurent (entre outras) apresentam as suas montras de Natal como nunca antes: tapadas com cartão. Uma vez que muitos protestantes olham para as marcas em questão como símbolos de desigualdade e elitismo, estas tiveram de zelar pela segurança e fechar portas.
Marcas como Dior ou Burberry recusaram fazer comentários sobre como a situação poderá afetar as vendas. "Ninguém quer fazer compras na Louis Vuitton dos Campos Elísios quando existem carros a arder no meio da rua", disse Mario Ortelli, sócio da Ortelli&Company à revista Vice francesa.
Segundo a Federação de Retalho Francesa, lojas de variados setores terão perdido à volta de €1 milhão de euros desde que os protestos começaram.
Numa altura em que a indústria de luxo se encontra tradicionalmente cheia com residentes e turistas a fazer as suas compras de Natal, o negócio irá certamente ressentir o peso dos protestos na sua economia.