Quando arte e gastronomia se juntam no prato
No Palácio Chiado, em Lisboa, o chef Manuel Bóia cria ementas inspiradas em movimentos artísticos.
É difícil ficar indiferente ao entrar num lindo palácio do século XVIII. "Quando eu vi tudo isto – e é tão lindo – eu pensei: Por quê não oferecer comida com arte?", conta o chef Manuel Bóia, à frente da cozinha do Palácio Chiado, como se adivinhasse a nossa admiração. O restaurante com 160 lugares está dividido em seis conceitos diferentes, que são servidos por duas cozinhas organizadas por Bóia.
Além de realizar a tarefa como se fosse algo simples, o chef resolveu criar experiências gastronómicas inspiradas por movimentos artísticos, sendo a mais recente uma ementa baseada no Dadaísmo, a corrente que procurou o rompimento dos modelos tradicionais e clássicos. Partindo do princípio que "a destruição também é criação", conceberam-se cinco pratos irreverentes, com muita espontaneidade e improvisação – ainda que encontremos na ementa um molho de carne com mais de 72 horas de confeção.

Sem se reter apenas na ligação entre a comida e a arte, mas indo além dela nas cores, texturas e apresentação, Manuel Bóia consegue trazer sabor e riqueza para a mesa. Veja cada uma das cinco etapas da preparação no vídeo e na fotogaleria.
O quê? Palácio Chiado. Onde? Rua Alecrim 70, Lisboa. Quando? De domingo a quinta-feira das 12h às 24h e de sexta-feira a sábado das 12h às 2h (a cozinha fecha às 24h). Contactos: 210 101 184 ou geral@palaciochiado.pt.

O restaurante que a fará repensar a sua relação com os legumes
Fomos provar o novo menu vegetariano do Kanazawa, em Lisboa. Se isto é sofrer para comer sem carne, aceitamos a dor com prazer.