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Moda / Tendências

Do laboratório para a loja

A Máxima visitou a nova loja Kiabi no Fórum Sintra antes da sua abertura, numa visita guiada por Ophélie Hourriez, um dos membros do laboratório de tendências da marca francesa.

04 de abril de 2017 às 07:00 Carolina Carvalho
É dificil definir o trabalho de Ophélie Hourriez. No quartel-general da Kiabi, em Lille (França), faz parte de um restrito grupo de seis pessoas que trabalha no TrendsLab, uma espécie de laboratório onde se estudam e preparam as tendências de cada estação para a equipa de design criar as coleções.
Ophélie está na Kiabi há cinco anos. "Frequentei a escola de moda, depois comecei a trabalhar numa empresa em vestuário feminino e depois fui para a Indonésia trabalhar também para uma marca de mulher e criança e depois vim para a Kiabi. Comecei por desenhar acessórios, depois passei para o TrendsLab e para a secção de crianças." Veio a Portugal conhecer a nova loja Kiabi, que abriu no dia 16 de março no Fórum Sintra, e fez uma visita guiada pelo novo espaço, na presença da Máxima. Ophélie sabia de cor onde estava arrumada cada peça da coleção de primavera/verão, bem como a sua fonte de inspiração.
Do laboratório para a loja
Do laboratório para a loja Foto:
 Como apresentaria a Kiabi ao público?
A Kiabi é uma marca francesa de moda para toda a família. Para bebé, criança, homem e mulher e propomos pequenos preços.
 
O que torna a Kiabi diferente no mercado?
Na verdade, é muito diferente. Dentro da Kiabi há um TrendsLab [laboratório de tendências] onde trabalho. Somos seis pessoas a trabalhar nas tendências para o departamento de mulher, homem, criança, bebé, acessórios e roupa interior. É algo muito forte para nós porque tudo é desenhado "em casa". Temos 57 designers e designers gráficos a trabalhar juntos em tudo o que se vê aqui [a loja]. Tudo é experimentado em pessoas reais.
 
O que faz no TrendsLab?
O que é muito interessante no TrendsLab é que nós pesquisamos as tendências. O que eu faço é pesquisar os desfiles de passerelle e é muito interessante porque vejo os materiais, os pormenores, as cores, estampados… Também fazemos inovações. Estou especialmente orgulhosa do vestido de noiva! Se o guardares podes plantá-lo e depois tens flores! Agora estamos a desenhar uma pequena coleção para crianças com deficiências motoras. Por exemplo, para crianças em cadeiras de rodas, fizemos aberturas fáceis, para ser fácil para os pais removerem as roupas. Isto é outro tipo de coisas que fazemos além do que se vê aqui na loja.
 
Trabalha com os designers?
Sim. Pesquisamos, traçamos as tendências juntos e também fazemos a paleta de cores. Também viajamos a diferentes zonas, por exemplo Tóquio, Nova Iorque, Los Angeles, para ver o que se passa nas ruas das diferentes cidades. Por exemplo agora em Tóquio usam-se calças muito largas, por isso temos de estar atentos porque pode estar a vir diretamente para Paris. O que também é muito bom na nossa equipa é que podes ter visto um filme, ou lido um livro ou uma exposição ? é a vida do dia a dia, tens de manter a mente aberta. Eu adoro dança e teatro, há um colega que está por dentro de todo o tipo de filmes, outro de música, temos todos personalidades muito diferentes e quando estamos todos juntos é muito rico em novas ideias.
 
O que a inspira?
Adoro viajar. A minha próxima viagem é a África e estive no Uzbequistão. Gosto de fazer incursões na cultura de cada país, pode ser a comida, o cheiro, até podes ver uma gama de cores de que gostes, tiras uma foto e trazes para a tua secretária. Pode ser tudo em todo o lado e o que é interessante é que fazemos pequenas viagens na Europa de três ou quatro dias, todos juntos os seis [do TrendsLab], e fazemos de tudo menos ir às compras. Depois voltamos para o escritório e trabalhamos individualmente durante uma semana e, quando apresentamos o nosso trabalho aos colegas, o que é interessante é que todos temos as mesmas coisas e ninguém falou com ninguém antes. Depois trabalhamos durante um mês para fazer uma grande apresentação à equipa de design. Os tecidos e as cores são muito importantes. Eu estou a trabalhar no departamento de criança e não é como o departamento de mulher, embora a temática seja a mesma, por vezes os padrões têm de ser mais divertidos, as cores têm de ser mais brilhantes…
 
O seu público é o mais exigente de todos: as crianças.
Eu gosto das crianças, mas temos de ter muito cuidado porque temos de reagir a tudo e não tirar apenas diretamente da passerelle. Mas gosto porque é mais divertido.
 
Quanto tempo tem para brainstorming antes da coleção (porque há duas coleções por ano)?
Trabalhamos por estação e temos duas estações. Por exemplo, em maio estou a começar as tendências para o inverno 2018/19. Começo a pensar no assunto e em julho apresento as tendências para a equipa de moda e design.
 
As redes sociais são importantes para o mundo da moda atualmente e, especificamente, para o seu trabalho?
Sim, tens de ter muito cuidado com o Instagram, Snapshat, blogues porque toda a gente segue toda a gente e para nós as ruas também são muito importantes. A Kiabi também tem Instagram, site, Snapshat, também é importante para nós ter estas plataformas porque as raparigas gostam de seguir.
 
Vê muitas culturas quando está a fazer pesquisas. Têm de adaptar um pouco as coleções a determinadas culturas ou elas são internacionais?
São internacionais, também porque temos a nossa própria identidade.
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