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Tendências
Do laboratório para a loja
A Máxima visitou a nova loja Kiabi no Fórum Sintra antes da sua abertura, numa visita guiada por Ophélie Hourriez, um dos membros do laboratório de tendências da marca francesa.

É dificil definir o trabalho de Ophélie Hourriez. No quartel-general da Kiabi, em Lille (França), faz parte de um restrito grupo de seis pessoas que trabalha no TrendsLab, uma espécie de laboratório onde se estudam e preparam as tendências de cada estação para a equipa de design criar as coleções.
Ophélie está na Kiabi há cinco anos. "Frequentei a escola de moda, depois comecei a trabalhar numa empresa em vestuário feminino e depois fui para a Indonésia trabalhar também para uma marca de mulher e criança e depois vim para a Kiabi. Comecei por desenhar acessórios, depois passei para o TrendsLab e para a secção de crianças." Veio a Portugal conhecer a nova loja Kiabi, que abriu no dia 16 de março no Fórum Sintra, e fez uma visita guiada pelo novo espaço, na presença da Máxima. Ophélie sabia de cor onde estava arrumada cada peça da coleção de primavera/verão, bem como a sua fonte de inspiração.


Como apresentaria a Kiabi ao público?
A Kiabi é uma marca francesa de moda para toda a família. Para bebé, criança, homem e mulher e propomos pequenos preços.
O que torna a Kiabi diferente no mercado?
Na verdade, é muito diferente. Dentro da Kiabi há um TrendsLab [laboratório de tendências] onde trabalho. Somos seis pessoas a trabalhar nas tendências para o departamento de mulher, homem, criança, bebé, acessórios e roupa interior. É algo muito forte para nós porque tudo é desenhado "em casa". Temos 57 designers e designers gráficos a trabalhar juntos em tudo o que se vê aqui [a loja]. Tudo é experimentado em pessoas reais.
O que faz no TrendsLab?
O que é muito interessante no TrendsLab é que nós pesquisamos as tendências. O que eu faço é pesquisar os desfiles de passerelle e é muito interessante porque vejo os materiais, os pormenores, as cores, estampados… Também fazemos inovações. Estou especialmente orgulhosa do vestido de noiva! Se o guardares podes plantá-lo e depois tens flores! Agora estamos a desenhar uma pequena coleção para crianças com deficiências motoras. Por exemplo, para crianças em cadeiras de rodas, fizemos aberturas fáceis, para ser fácil para os pais removerem as roupas. Isto é outro tipo de coisas que fazemos além do que se vê aqui na loja.
Trabalha com os designers?
Sim. Pesquisamos, traçamos as tendências juntos e também fazemos a paleta de cores. Também viajamos a diferentes zonas, por exemplo Tóquio, Nova Iorque, Los Angeles, para ver o que se passa nas ruas das diferentes cidades. Por exemplo agora em Tóquio usam-se calças muito largas, por isso temos de estar atentos porque pode estar a vir diretamente para Paris. O que também é muito bom na nossa equipa é que podes ter visto um filme, ou lido um livro ou uma exposição ? é a vida do dia a dia, tens de manter a mente aberta. Eu adoro dança e teatro, há um colega que está por dentro de todo o tipo de filmes, outro de música, temos todos personalidades muito diferentes e quando estamos todos juntos é muito rico em novas ideias.
O que a inspira?
Adoro viajar. A minha próxima viagem é a África e estive no Uzbequistão. Gosto de fazer incursões na cultura de cada país, pode ser a comida, o cheiro, até podes ver uma gama de cores de que gostes, tiras uma foto e trazes para a tua secretária. Pode ser tudo em todo o lado e o que é interessante é que fazemos pequenas viagens na Europa de três ou quatro dias, todos juntos os seis [do TrendsLab], e fazemos de tudo menos ir às compras. Depois voltamos para o escritório e trabalhamos individualmente durante uma semana e, quando apresentamos o nosso trabalho aos colegas, o que é interessante é que todos temos as mesmas coisas e ninguém falou com ninguém antes. Depois trabalhamos durante um mês para fazer uma grande apresentação à equipa de design. Os tecidos e as cores são muito importantes. Eu estou a trabalhar no departamento de criança e não é como o departamento de mulher, embora a temática seja a mesma, por vezes os padrões têm de ser mais divertidos, as cores têm de ser mais brilhantes…
O seu público é o mais exigente de todos: as crianças.
Eu gosto das crianças, mas temos de ter muito cuidado porque temos de reagir a tudo e não tirar apenas diretamente da passerelle. Mas gosto porque é mais divertido.
Quanto tempo tem para brainstorming antes da coleção (porque há duas coleções por ano)?
Trabalhamos por estação e temos duas estações. Por exemplo, em maio estou a começar as tendências para o inverno 2018/19. Começo a pensar no assunto e em julho apresento as tendências para a equipa de moda e design.
As redes sociais são importantes para o mundo da moda atualmente e, especificamente, para o seu trabalho?
Sim, tens de ter muito cuidado com o Instagram, Snapshat, blogues porque toda a gente segue toda a gente e para nós as ruas também são muito importantes. A Kiabi também tem Instagram, site, Snapshat, também é importante para nós ter estas plataformas porque as raparigas gostam de seguir.
Vê muitas culturas quando está a fazer pesquisas. Têm de adaptar um pouco as coleções a determinadas culturas ou elas são internacionais?
São internacionais, também porque temos a nossa própria identidade.

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