Operários escondem mensagens em peças da Zara para denunciar falta de pagamento de fábrica

A Bravo Tekstil encerrou da noite para o dia e deixou sem pagamento mais de uma centena de funcionários. A Inditex, dona da Zara, já esclareceu que está "a trabalhar com a IndustriALL, a Mango e a Next para estabelecer um fundo de ajuda aos trabalhadores afetados pelo desaparecimento fraudulento do proprietário da fábrica."

Foto: Getty Images
06 de novembro de 2017 às 19:42 Máxima

Clientes das lojas Zara em Istambul, na Turquia, encontraram bilhetes de denúncia dentro das peças de roupa da marca da Inditex. "Fiz esta peça que vai comprar, mas não me pagaram para tal", lia-se na mensagem. Esta foi a forma que os trabalhadores turcos encontraram para tornar o seu protesto público e apelar aos clientes que apoiem a sua causa.

A Bravo Tekstil, subcontratada da gigante espanhola, encerrou da noite para o dia deixando sem pagamento (e já há três meses) mais de uma centena de operários que trabalhavam para a Inditex, a empresa espanhola dona da Zara, e também para a Mango e a Next. O caso desenrola-se desde agosto de 2016 e, após um ano de negociações entre o representante sindical, Disk Tekstil, e as gigantes de moda, as marcas declararam que só pagarão um quarto do exigido, o que desencadeou uma onda de protestos.

No entanto, a Inditex já esclareceu numa nota enviada à redação da Máxima que "cumpriu com todas as suas obrigações contratuais com a Bravo Tekstil" e está "neste momento a trabalhar com a IndustriALL, a Mango e a Next para estabelecer um fundo de ajuda aos trabalhadores afetados pelo desaparecimento fraudulento do proprietário da fábrica Bravo em julho de 2016. Este fundo de ajuda destina-se a aliviar as consequências económicas que os trabalhadores sofreram com o encerramento súbito da fábrica. Estamos empenhados em encontrar uma solução rápida para todos os afetados."

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