O que fazer quando as crianças só querem lanches e snacks?
"Oh mãe, não era isto que eu queria, quero cereais." Se já ouviu algo parecido, saiba que não está sozinha. A recusa de refeições principais e a preferência por snacks é um cenário comum entre as crianças. Mostramos como lidar com isso de forma saudável, sem ceder a substituições.

Sabia que o lanche é um momento para comer, não um tipo de comida? O problema não está necessariamente no lanche, mas na forma como ele é encarado. Snacks costumam ser práticos, fáceis de consumir em qualquer lugar e, muitas vezes, não exigem que a criança pare o que está a fazer. Comer lanches à mesa é uma estratégia.
"Estou com fome. Eu quero um lanche."

Nós damos ou esperamos?
As crianças gostam e precisam de previsibilidade, e isso inclui horários bem definidos para as refeições. Essa rotina evita que comam bolachas, iogurtes ou sumos de fruta antes do jantar, comprometendo a refeição principal.
Além disso, se os snacks forem doces ou industrializados, além de serem naturalmente mais apelativos, dificultam a aceitação de vegetais e outros alimentos na refeição. O paladar é algo que se treina.

Quando as minhas sobrinhas vêm a minha casa dizem "não há comida nesta casa", e na verdade não tenho comida em pacote, mas a despensa está cheia. Se tivermos comida "verdadeira" em casa, menos acessíveis estarão os snacks.

"Mas eu tenho fome!"

Não ofereça alternativas!
É tentador oferecer uma alternativa quando a criança recusa a refeição. Afinal, ninguém quer que o filho passe fome ou fique sem proteínas. No entanto, ao permitir sempre um substituto, a criança aprende que pode evitar certos alimentos e optar apenas pelo que quer. O objetivo não é forçá-la a comer, mas garantir que há diferentes tipos de refeições.
Eu não preciso dar uma explicação longa à criança. Um simples: "Este é o nosso almoço, podemos comer agora e depois teremos outro lanche" é suficiente. Se a criança não quiser, tudo bem — mas a alternativa não é outra refeição.

"Mas eu tenho fome!" Então esta é a refeição disponível.
"Só como isto, depois de ter cereais."
O caminho para uma alimentação equilibrada não passa por pressões, trocas ou negociações. Passa por oferecer refeições com naturalidade e frequência, criar um ambiente onde a comida real é a opção mais acessível e confiar no processo. Porque aprender a comer bem é um hábito que se constrói com tempo, paciência e repetição.
