Produtora de Hollywood lança biografia polémica
Sherry Lansing, a primeira mulher a liderar um estúdio de Hollywood, lança agora a biografia onde fala de estrelas como Angelina Jolie, Tom Cruise e Mel Gibson.

Sherry Lansing foi durante muitos anos a líder dos estúdios Paramount Pictures, depois de ter terminado a sua carreira como atriz. Foi ela a primeira mulher na história do cinema à frente de um dos maiores estúdios de Hollywood. A antiga produtora de cinema, de 72 anos, vai lançar em breve a biografia Leading Lady, na qual revela alguns segredos e curiosidades da sétima arte.

Lansing chegou a receber uma estrela no Passeio da Fama pela sua carreira de atriz (Kramer vs. Kramer e The China Syndrome) e em 1980, aos 35 anos de idade, tornou-se presidente da 20th Century Fox. Uma década depois, em 1992, foi nomeada líder da Paramount Pictures’ Motion Picture Group. Durante os 20 anos em que esteve à frente da Paramount, trabalhou com grandes filmes, como Titanic e Braveheart, e com grandes nomes da indústria cinematográfica.
No livro que vai lançar no próximo mês, conta como Angelina Jolie foi submetida a testes de droga, defende Tom Cruise e Mel Gibson e revela como a sua separação a inspirou a produzir o seu primeiro grande filme, Atração Fatal. Leading Lady foi escrito pelo editor executivo da publicação norte-americana The Hollywood Reporter, Stephen Galloway, e é baseado numa pesquisa de quatro anos, com centenas de horas em entrevistas a Sherry Lansing e a outras 200 pessoas.
No que toca a Tom Cruise, Lansing refere que o conhece desde 1981: "Eu conhecia a família dele. Ele era, naquela altura, um dos atores mais talentosos – era possível perceber isso de imediato. Ele é uma das pessoas mais honestas e decentes com quem alguma vez trabalhei."

Sobre Mel Gibson, a antiga produtora revela que só teve boas experiências com o ator: "Da minha experiência pessoal, ele nunca demonstrou ser homofóbico ou antissemita."
Um dos grandes sucessos no qual Sherry Lansing esteve envolvida foi Tomb Raider, no entanto, na biografia a produtora revela o quão difícil foi conseguir ter Angelina Jolie no projeto, tendo em conta os problemas com abuso de drogas que a atriz tinha na época. Lansing revela no livro as palavras de Jolie para convencer os estúdios a aceitá-la no papel de Lara Croft: "Eu quero muito fazê-lo, mas sei da minha reputação, e quero que saibam que farei qualquer coisa para provar que valho a pena. Poderão confiar em mim, eu vou aparecer e vou dar o meu máximo. Não me interessa se o estúdio quiser fazer testes de droga todos os dias." E assim aconteceu, segundo Lansing.
O livro promete dar que falar e já pode ser encomendado através da Amazon.

