Segundo a revista Forbes de 2018, Melinda Gates é a 6º mulher mais poderosa do mundo. A co-fundadora da Fundação Bill e Melinda Gates considera que não há mulheres suficientes com poder", sendo o seu objectivo principal "reduzir as iniquidades do mundo".
A mulher do presidente da Microsoft sublinha num artigo de opinião publicado na revista Time, onde anunciou a iniciativa, a existência de mais homens chamados James à frente das 500 maiores corporações do mundo do que mulheres. A filantropa acusa o fato de o Congresso apenas ter 24% dos lugares ocupados por mulheres, quando mais de metade da população do país é mulher (51%). Considera "frustrante — até desolador — encarar as provas das muitas maneiras com que o nosso país continua a reprimir as mulheres".
Para combater esta tendência, Gates comprometeu-se, na passada quarta-feira, a investir cerca de 192 milhões de euros na expansão do poder e influência femininos no país, no qual acredita que vale a pena investir, de modo a melhorar também a vida das mulheres. Tudo ao longo dos próximos dez anos.
"Quero ver mais mulheres nas posições que tomam decisões, controlam recursos e moldam políticas e perspetivas", escreve Melinda.
Além da fundação, Gates é fundadora da empresa Pivotal Ventures, que irá estender a sua receita para "parceiros novos e já estabelecidos" que pretendem empoderar e influenciar a entrada de mulheres no mercado de trabalho. Assim, propõe três passos para alcançar este objetivo: primeiro, o desmantelamento de barreiras para o avanço profissional das mulheres como, por exemplo, o assédio sexual e discriminação, e de "representações estereotipadas" que motivem uma "normatividade de género agressiva".
Em segundo lugar, a criações de vagas "nas indústrias [de tecnologia, media
e empregos públicos, normalmente dominada pelos homens] que vão possibilitar a entrada de mulheres com todo o tipo de currículo".
Em terceiro lugar, a mobilização de "accionistas, consumidores e empregadores a ampliarem a pressão externa nas companhias e organizações que precisam de reformas".
Melinda finaliza o artigo ao escrever que "a igualdade não pode esperar", sendo esta a altura de agir.