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01 de maio de 2017 às 07:00 Máxima
21 dias a treinar como uma atleta (Day 1)
Leu o artigo na edição de abril? Aqui fica o relato do dia a dia do treino da jornalista Rita Machado a treinar com a equipa de Muay Thai Dinamite Team. Uns dias fáceis, outros muito duros, leia e divirta-se.
Férias pré-treino
Dez. Dez dias em Itália a comer e a beber e regresso a casa, em Lisboa, com mais uns 2 kg num domingo à noite pelas 22h. Amanhã às 7 começa o meu desafio: treinar 21 dias como uma atleta de alta competição. Isto significa que a maior parte dos meus dias serão: acordar às 6, treinar às 7, almoçar pelas 12h30/13h, treinar novamente às 16h30, jantar pelas 20h, deitar às 22h. Exceção feita à quarta de manhã (que não há treino) e ao sábado, não poderei cumprir a rotina de ashtanga yoga diário que me acompanha há já uns bons anos. Penso que esta vai ser uma das partes mais difíceis, apenas poder praticar duas vezes por semana (ao invés das 6).
DIA 1 – SEGUNDA
E começam os 21 dias
O despertador tocou às 6 e o café já está a fazer. Estou em frente ao espelho a retirar praticamente todos os anéis, brincos e pulseiras com que ando sempre – até durmo com eles. Com treinos tão intensos aumenta o risco de me magoar e por isso decido tirá-los. Sinto-me um bocado despida, confesso. Avenida de Ceuta comigo e entro na Dinamite Team, onde durante 21 dias vou acompanhar (ou tentar) os atletas de elite que aqui treinam todos os dias. O objetivo é tentar fazer o treino que fazem e a mesma alimentação. Para isso conto com a treinadora Dina Pedro e o nutricionista Diogo Ferreira, que me vão acompanhar.
Começo por correr 5 km em cerca de 30 minutos, o habitual aquecimento antes do treino começar. Seguem-se 300 joelhadas nos plastrons (as almofadas que o professor ou colega segura e onde desferimos golpes). De seguida, uns 20 minutos de técnica de corpo a corpo com o atleta Rui Botelho – parecem duas horas. Ele está a recuperar de um combate, mas nem por isso me facilita a vida. Ensina-me muitas técnicas – como posicionar as pernas, corrige-me sempre que dou uma joelhada errada, explica-me estratégia: "Bora Rita, se vais ser atleta tens de te aguentar." Questiono-me se terei tomado a decisão certa em propor este texto à revista Máxima e começo a imaginar se será o físico ou o psíquico que vão ceder primeiro. Seguem-se joelhadas com a Dina Pedro e de seguida 300 abdominais. Ao sair a Dina diz ao Diogo Calado: "A Rita hoje vai o teu aquecimento." "Ok", responde. "Rita, às 16h30 aqui, pronta para treinar." Assim farei!
Tenho consulta com o nutricionista Diogo Ferreira nesse dia. Explica-me muita coisa sobre o treino, o que comer antes e imediatamente a seguir, a importância dos hidratos de carbono e da proteína. E de como me vou alimentar para conseguir suportar este desafio de dois treinos intensos que totalizam 4 horas por dia (às vezes mais, virei a perceber). A alimentação de um atleta não pode ser igual à de uma pessoa que está frente a uma secretária. Tudo tem de ser pensado para que a máquina funcione da melhor maneira. "Vamos reduzir a massa gorda [está nos 21%] e aumentar o músculo. Estimo que nestes 21 dias perca 3 kg de peso." Perfeito, penso eu, vou recuperar das férias em Itália, mas nem vou comer pouco.
À tarde o treino é intenso. Depois do aquecimento especial – um mix explosivo de saltar à corda, burpees, polichinelos e pranchas, repetido duas vezes – segue-se a aceleração: equipas de três alunos desferem golpes no saco alternando de 15 em 15 segundos durante 3 rounds de 3 minutos cada um. De seguida, nas técnicas e corpo a corpo fico com a Maria Salomé Lobo, que também está a recuperar de um combate que teve apenas dois dias antes. Mais uma vez é um privilégio estar a treinar com estes atletas.
E não se pense que é por eu ser jornalista e estar a fazer um artigo que me prestam mais atenção. Uma das regras deste tipo de desportos é que atletas profissionais e alunos de manutenção – e todos in between – treinem juntos. É normal na aula estarmos ao lado ou em conjunto com medalhados de ouro, que adaptam a sua força ao nível de quem é mais iniciado. Aliás, é muito menos provável magoarmo-nos com um atleta mais avançado, porque tem mais técnica e sabe gerir melhor os golpes e a força.
"Tens de aprender a relaxar e começar a ver isto como um jogo. Estás a dar os golpes sem pensar e sem ver o que estou a fazer. Fazes sempre a mesma sequência, tens de começar a perceber a posição em que estou e acertar onde estou menos protegida. É como um puzzle", diz-me Maria Lobo numa paragem para me explicar. E realmente começo a perceber um pouco mais deste ‘encaixar’ de golpes depois de ela me dizer isto.
Veja os dias 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21

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