Os deuses devem estar loucos

E no bom sentido. Depois do sucesso de Invictus, Paco Rabanne escreve o próximo capítulo de uma história digna da mitologia grega. Olympéa é a personificação de uma fragrância única, a Cleópatra dos tempos modernos que desperta a curiosidade e o desejo de deuses e humanos. Fomos a Paris conhecê-la.

O Monte Olimpo é o cenário eleito. Por entre deuses e divindades entediadas, Olympéa surge com a confiança suficiente para partir o ego ao mais seguro dos imortais. No filme publicitário revelado em estreia absoluta à Máxima, em Paris, a brasileira Luma Grothe é a estrela, bela e inteligente, ícone absoluto e vitoriosa na busca pelo seu herói. A irreverência é a mesma que caracteriza todos os projetos assinados por Paco Rabanne. Olympéa junta-se a uma lista de perfumes femininos que têm acompanhado homens e mulheres no espectro das suas fantasias: ser uma estrela de rock (Black XS), o lifestyle de luxo num estalar de dedos (Lady Million) ou a fantasia da vitória (Invictus). Agora é a vez de dar vida à ousadia e ao sucesso. Olympéa é a parceira de Invictus, a edição masculina lançada com sucesso em 2013, inspirada pelo espírito atlético, a competitividade e a vitória. Para interpretar o papel de deusa do Olimpo, para quem todos olham quando passa, Luma assume que se inspirou na célebre garota de Ipanema de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Falámos com a modelo sobre este seu novo papel.

O ambiente na Paco Rabanne parece muito familiar…

É mesmo como uma família! Sabe o que vimos no filme publicitário do perfume, aquela presença constante do sentido de humor? É assim mesmo na realidade. Temos de trabalhar muito, mas o humor está sempre presente, e isso é maravilhoso.

Foi a sua primeira campanha para um perfume. Como correram as gravações?

Fizemos os sketches em setembro e começamos a filmar em outubro. Estava nervosa na primeira cena. Era a minha primeira vez a fazer um perfume, mas eles adoraram e eu comecei a relaxar. Dei o meu melhor e, além disso, adoro o cheiro da fragrância. Não é só doce, tem uma frescura muito interessante. É quase como um oceano doce.

De que maneira se identifica com esta personagem de deusa do Olimpo?

Todos os dias, e cada vez mais, todas as mulheres são um tipo de Cleópatra. Já queimamos o soutien, lutamos pela nossa emancipação e agora fazemos de tudo um pouco. As mulheres são independentes, inteligentes e têm muito amor para dar. Acho que todas temos esse poder no mundo e é assim que eu me identifico com a Olympéa. Sei o que quero e quero que as minhas ideias sejam postas em prática de uma boa maneira. Mas é claro que não levo tudo a ério. Acho importante integrar o humor no nosso dia a dia. A vida também é para sorrir!

Parece que há muito da sua cultura brasileira neste vídeo: o humor e a sensualidade… Cresceu com a pressão do culto do corpo que caracteriza as brasileiras?

Não, não. Eu era muito desligada, sempre fui muito magra. O meu médico advertia-me porque sempre estive abaixo do peso desejado. E eu comia imenso, mas o meu metabolismo era rápido e eu nunca engordava. Na escola até faziam piadas porque eu era muito magrinha mas não ligava muito. Hoje em dia, pratico exercício físico, acho que é importante ser saudável. Mas gosto de exercícios de resistência, não gosto de correr na passadeira.

E fora do ginásio o que é que a seduz?

Gosto muito de arco e flecha. Agora que vivo em Nova Iorque, não consigo praticar com tanta facilidade, acho que seria muito complicado fazê-lo no Central Park [risos] mas na Europa há parques com pouca gente onde eu conseguia praticar. É maravilhoso! E dá-me ferramentas para arranjar almoço facilmente em caso de necessidade [risos].

É considerada uma das dez modelos a seguir de perto nos próximos anos. Quais são as suas expectativas a nível profissional?

O meu sonho sempre foi ser uma inspiração para as pessoas. Não só num contexto de beleza, mas de integridade. A beleza vem de dentro, sim, e eu quero mostrar às pessoas que há muito mais a fazer pelo mundo do que ser apenas um rosto bonito. Espero que as pessoas se inspirem.

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