Faça-se luz!
O amanhecer na mítica cidade grega de Delfos revelou a mais recente fragrância Hermès com a assinatura de Jean-Claude Ellena. A Máxima foi à Grécia descobri-la.

Foi sob a luz da aurora e envolto numa aura de mistério que desvendámos Jour d’Hermès, um aroma floral, luminoso e delicado, inspirado na sensualidade feminina de gravuras e pinturas que inspiram Jean-Claude Ellena. “As mulheres fortes e assertivas de Botticelli, de Bonnard e das gravuras japonesas, delicadas falsas pudicas, sem artifícios e sensuais, são as mulheres que eu adoro. Foi com elas na imaginação que subconscientemente criei este perfume”, confessou o nez da casa Hermès.
CURIOSIDADES
. Outrora considerada pelos gregos como o centro da Terra, lar do deus Apolo e do oráculo mais importante da Grécia Antiga, Delfos é hoje considerada Património Mundial da UNESCO.
. Um dos lemas da cidade – “conhece-te a ti próprio”, de Sócrates – vem na sequência de o oráculo ter proclamado este filósofo o homem mais sábio na Grécia, ao que Sócrates respondeu que, se assim era, isso devia-se a ser o único que estava ciente da sua própria ignorância.
. A ligação das flores ao cabedal na Hermès inicia-se nos anos 20 através dos chapéus, para dar um toque de feminilidade a este acessório.
. Le Langage des Fleurs, um dos primeiros lenços desenhados pela Hermès nos anos 30, revela a ligação destas às viagens, à natureza e aos sonhos.
. Na Grécia, há 65 espécies de cravos cuja alcunha foi outrora Finger of Zeus (dedo de Zeus).
No ar sente-se um aroma suave e floral, envolto na suavidade balsâmica dos almíscares e com um toque fresco de citrinos. Ellena não especifica os ingredientes, mas manifesta sem preconceitos a sua paixão pelas flores e o seu desejo de incorporar toda uma profusão de bouquets nesta fragrância. Nada foi deixado ao acaso.
Do simbolismo das flores estabelece-se uma ligação intrínseca à história de Hermès e ao misticismo de Delfi: são alegóricas a viagens e mensageiras de sentimentos e sonhos, florescem e voam pelos céus como a deusa do amanhecer Eos (Aurora na mitologia Romana). E é sob o signo da madrugada que se posiciona Jour d’Hermès, encapsulado, qual gota suspensa, num deslumbrante frasco desenhado por Pierre Hardy.
