Drama queen
Provavelmente uma das maquilhagens mais surpreendentes da semana da moda de Londres! O estilo clássico de Vivienne Westwood Red Label centrou no rosto o toque mais teatral. Reproduzir alguns apontamentos é possível, segundo Antónia Rosa: “Podemos utilizar o eyeliner a sublinhar o contorno do olho. Como sombra de olhos não aconselho usar o azul-bebé sem primeiro preencher a raiz da pestana com um castanho-escuro ou mesmo preto, para não apagar o olhar. Os lábios podem ser contornados, mas nunca com preto. O melhor será usar um lápis da mesma cor do que o batom ou ligeiramente mais escuro – mas sempre na mesma harmonia –, sobretudo se os lábios forem muito volumosos. A ausência de máscara nas pestanas é uma boa hipótese se a tez e a íris forem muito claras.”
Gueixa
Aparentemente inacabados mas perfeitos, estes lábios de gueixa dão ao rosto um charme rústico e invernoso que, em contraste com a pele pálida, capturam uma beleza hipnotizante pré-rafaelita. A maquilhadora Sónia Godinho explica-nos que “há um enfoque nos lábios, permanecendo tudo o resto bastante nude, e esta é a principal dica que podemos tirar daqui. Na verdade, é bastante fácil e acessível de adaptar tanto ao dia como à noite, de acordo com o estilo de cada mulher. Basta aplicar base, ou um BB Cream, para quem é adepta, finalizando com pó para ter um aspeto mais mate, um pequeno toque de blush e máscara de pestanas. Por fim, um batom encarnado escuro ou burgúndia, aplicado na totalidade da boca. As mais atrevidas podem arredondar um pouco o formato da boca, não deixando chegar o batom aos cantos dos lábios.”
Olhos industriais
Artístico, anarquista e irreverente, o novo smoky eye vira-se para o futuro através de texturas sintéticas e misturas com metalizados. Manifestação de uma sofisticação subversiva, é, segundo o maquilhador Gordon Espinet, “como se a beleza fosse tomada por um design industrial”. Sem perder o romantismo quando conjugado com uma pele clean e lábios nude, pode tornar-se mais usável se “retirarmos o brilhante e esbatermos o efeito puxado nos cantos dos olhos”, diz a maquilhadora Joana Moreira. “Não pintar a parte central e inferior do olho pode ser uma opção adequada para quem tem olhos pequenos e mais afastados. Outra alternativa será preencher esta zona com cores, tais como bordeaux, dourado, verde-escaravelho ou azul-petróleo.”
Punk colorido
Segundo o cabeleireiro Paulo Vieira, “este conceito de penteado não é necessariamente para ser usado, mas sim para ser reinterpretado, ou seja, vai depender muito da pessoa e da ocasião”. Esta espécie de hairchalk multicor confere um dramatismo muito grunge e, apesar de a cor ser uma das grandes tendências da estação, é mais discreta se for utilizada apenas uma tonalidade em contraste com a cor natural do cabelo. A trança apertada a começar no topo da cabeça é sempre bem-vinda e pode ser reproduzida para o dia a dia, mas neste caso sem a crista às cores. Josh Wood, colorista da Wella, afirma que “o objetivo deste look é conseguir extremos. A cor é singular, centrada, e quando tem aquele estilo punk, vemo-lo na sua forma mais extrema. Se o tom base é naturalmente loiro, trata-se de colorir uma secção do cabelo de azul-preto ou verde-preto como um antídoto ao natural”.
Tranças enfeitadas
Em Paris, Vivienne Westwood voltou a surpreender e a marcar uma posição com longas tranças que dividiram opiniões. Ousar ou não usar, eis a questão. Joana Moreira desmistifica estas dúvidas, admitindo que “esta é uma opção divertida e criativa para dar um upgrade às tranças normais. Misturar fitas de cetim mais finas, coloridas ou em tons sobre tons – branco, bege, dourado, no caso das loiras; ou preto, castanho, bordeaux, no caso das morenas – dá às tranças um toque de luz e cor, não deixando de ser suficientemente discreto para usar no dia a dia”.