Alimentação anti-aging

Afinal, é verdade: aquilo que comemos vê-se na nossa aparência. Saiba tudo sobre a dieta antienvelhecimento

Alimentação anti-aging
19 de fevereiro de 2016 às 10:30 Máxima

De desejo bem guardado durante décadas a aspiração claramente revelada nos nossos dias, mantermo-nos jovens durante mais tempo é cada vez mais uma realidade ao alcance de todos. Os meios para lá chegar apresentam-se múltiplos e cada vez mais seguros, podendo, no limite, optarmos pela intervenção cirúrgica. Mas atrasar o envelhecimento de dentro para fora, retardando o envelhecimento dos órgãos do nosso corpo, o que seguramente vai reflectir-se na aparência, é provavelmente o mais seguro porque gradual, trabalhando-se por fases ao longo do tempo. E também o mais natural, porque tem a ver com estilo de vida, muito particularmente com aquilo que comemos. “Existem alguns alimentos com propriedades que permitem acentuar esta característica da alimentação sobre o organismo”, observa a dietista Rita Seno Valentim, esclarecendo que uma alimentação equilibrada trabalha a favor do estado de saúde do corpo, “permitindo o envelhecimento tardio”.

Independentemente de fazerem parte de uma dieta saudável e equilibrada, nem todos os alimentos incluídos nesta categoria têm o poder de atrasar o envelhecimento. Apenas os alimentos com poderes antioxidantes conseguem manter-nos simultaneamente mais saudáveis e mais jovens por mais tempo. “Esta capacidade permite o combate de radicais livres, que são moléculas produzidas pelas nossas células no processo de respiração com a capacidade de danificar células sadias”, explica a especialista, sugerindo, por isso, a necessidade de consumir alimentos ricos em antioxidantes diariamente.

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• Frutos cítricos

• Tomate

• Bagas de goji

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• Açaí

• Cacau

• Vinho tinto

• Legumes

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• Vegetais

• Cereais integrais

• Sementes de linhaça

• Peixe

• Chá verde

• Peixe

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• Chá verde

Trabalhar contra o processo de envelhecimento através do consumo de alimentos antioxidantes faz-se sentir de várias formas. Vê-se na idade dos órgãos, quando sujeitos a esta despistagem. E vê-se na aparência, sobretudo na pele.

Conforme vários estudos vêm comprovando, os alimentos com poder antioxidante garantem vários benefícios no organismo, revelando-se particularmente vantajosos na prevenção de doenças crónicas. Segundo a dietista, “algumas pesquisas” mostram claramente “os benefícios destes alimentos em doenças cardiovasculares, em vários tipos de cancro e em processos mais associados ao envelhecimento, como cataratas, doença de Alzheimer e outras alterações do sistema nervoso”. Ao nível da pele, concorda que as alterações também são notórias: os alimentos com poder antioxidante atrasam o aparecimento de rugas.

Mas as pessoas não reagem todas da mesma forma. Garante Rita Seno Valentim “que o tipo de vida que levamos para além da alimentação” tem uma palavra a dizer em todo este processo. Ou seja, contribui ou não para o “sucesso da função destes alimentos”. Os “hábitos tabágicos, ingestão de álcool e sedentarismo” trabalham claramente contra este processo de rejuvenescimento, enquanto “a ingestão de água e a prática de exercício físico são imprescindíveis para que todo o processo de antienvelhecimento seja possível”.

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Quando este tipo de programa (anti-aging) é levado com disciplina, os resultados são perceptíveis. Ou, como explica a especialista, “dependendo do estilo de vida que levamos e das alterações que estamos dispostos a fazer, os resultados podem ser mais ou menos visíveis independentemente da idade”.

Também é possível começar em qualquer fase da vida, não existindo qualquer dúvida de que quanto mais cedo melhor. “Quanto mais cedo começarmos a adoptar hábitos saudáveis melhores vão ser os resultados e mais tempo vamos gozar dos seus benefícios.”

Segundo Rita Seno Valentim, actualmente há “utentes que frequentam a consulta de nutrição com o intuito de corrigir os seus hábitos alimentares, para que possam ter um estilo de vida mais saudável, e não pelo emagrecimento”. Por norma, diz, este tipo de pessoas também se questiona  quanto ao poder dos alimentos relativamente à sua capacidade de retardar ou não o envelhecimento. Esclarece que “uma dieta de emagrecimento deve ser variada e equilibrada, o que só por si já faz com que seja uma dieta antienvelhecimento”, no entanto, que “há alguns ‘truques’, como a introdução de algumas bagas e sementes, que ajudam no bom funcionamento do organismo, o que se traduz em longevidade e vitalidade”.

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• Refeições pré-confeccionadas

• O fast food

• Produtos açucarados

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• Fritos e molhos

• Refrigerantes

Legumes e vegetais, frutos vermelhos e cereais integrais são, segundo a especialista, alguns dos alimentos que contribuem para o antienvelhecimento, “devido à sua composição nutricional rica em nutrientes que lhes conferem poder antioxidante e pela multiplicidade vitamínica e mineral que lhes permite o bom funcionamento do organismo”. No lado oposto, “os alimentos altamente calóricos e desprovidos de nutrientes devem ser evitados, pois só nos vão fornecer gorduras e hidratos de carbono de absorção rápida”, comenta.

De qualquer forma, a dietista alerta para o consumo equilibrado dos alimentos saudáveis, pois explica que mesmo estes podem causar danos quando consumidos em excesso. O importante é mesmo seguir um plano alimentar personalizado, “onde a combinação dos alimentos esteja de acordo com as necessidades de cada pessoa, e combinado com a ingestão de água e a prática de exercício físico”. Mas, paralelamente, há que manter algumas boas práticas como fazer várias refeições ao longo do dia, de forma a evitar grandes períodos de jejum, fazer do jantar uma refeição leve e do pequeno-almoço a primeira refeição do dia.

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PRATOS SAUDÁVEIS

Deixamos-lhe uma sugestão do chefe Hélio Loureiro e do Dr. Luís Romariz retirada do livro Cozinha Saudável – anti-envelhecimento (Texto Editora).

Lombinhos de bacalhau fresco com espinafres

• 140 g de lombinhos de bacalhau fresco sem espinhas

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• 40 g de cebola

• 20 de alho-francês

• 4 g de alho

• 20 de aneto seco

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• 2 cl de azeite

• 1 folha de papel vegetal

• 80 g de broa de milho

• 40 g de curgetes

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Confeção

Salteie no azeite quente a cebola em meias-luas e alho esmagado, junte as curgetes em tiras finas com o alho-francês. Corte a broa de milho em cubos e junte-a aos legumes. Deixe cozer um pouco e tempere com sal, pimenta e aneto. Corte a folha de papel vegetal em forma de coração, coloque numa das partes o preparado e, por fim, o lombinho de bacalhau. Tempere com sal e pimenta e regue com um pouco de azeite. Feche tudo à volta, torcendo as pontas, e leve ao forno pré-aquecido a 160º, durante 20 minutos.

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