10 formas de resolver problemas

Barack Obama não se importa de lhe emprestar a palavra de ordem Sim, consigo!, o primeiro mantra para vencer aqueles momentos em que o cérebro paralisa e bloqueamos. Deixamos-lhe dez sugestões, a faísca para que se lembre de outras tantas...

10 formas de resolver problemas
07 de outubro de 2013 às 06:00 Máxima

“A criatividade de todos os dias nos dai hoje.” Não é blasfémia, é mesmo a oração que devíamos recitar, antes sequer de sair da cama. Porque a criatividade é a capacidade de resolver os problemas da melhor forma, a inteligência de ser capaz de encontrar soluções para superar os obstáculos que nos impedem de ser mais geniais e felizes.

COMO DESBLOQUEAR IDEIAS

Fomos perguntar a três reconhecidos criadores que nos contem o que os bloqueia e como superam os buracos negros. O trabalho de cada um deles prova que sabem do que falam.

. Luísa Sobral (cantautora)“Acho que o que me bloqueia a criatividade é quando começo a pensar demasiado no medo de me repetir, de fazer algo que seja muito parecido com outra canção que já tenha escrito. Também bloqueio quando gosto da música, mas sinto que a letra não se enquadra. Fico frustrada e muitas vezes deixo a canção de lado.Para fazer voltar a criatividade, acho que é importante dar-lhe tempo. Todas as ideias que tenho gravo-as no meu telemóvel. Umas são logo utilizadas quando chego a casa mas outras, aquelas onde ocorreu o tal bloqueio, ficam lá e pego nelas mais tarde, por vezes quase um ano depois!"

. Fernando Alvim (radialista, apresentador, comediante)“Uma mulher pode bloquear qualquer criatividade! Mas mulheres à parte, o que mais me bloqueia é o cansaço. De manhã, tenho sempre as ideias mais produtivas, quando tomo banho ou ando de mota. À noite, para ser sincero, tenho outro tipo de ideias, também muito criativas, mas mais surreais... Para desbloquear, o segredo é ler tudo o que me aparece à frente, desde a revista Maria a Beckett.”

. Miguel Moreira Rato (managing partner da M Public Relations)“Para mim, os deadlines são um bloqueio enorme. Como bons tugas que somos, deixamos tudo para a última hora, e depois é complicado. O único antídoto é o planeamento: só assim se consegue encontrar tempo para tirar as ideias da cabeça. Sem interrupções porque as interrupções são outro grande bloqueador. Quando bloqueio? A única solução é uma revisitação mental, procurando voltar ao sítio onde estava. Mas tenho umas ajudas: vou escrevendo uns hieróglifos num papel, que funcionam como o auto-save do windows, pelo menos aquelas palavras-chave vão ficando gravadas e muitas vezes são suficientes para desbloquear. Mas quando não dão, aí é a maior frustração do século!”Por isso, tire da cabeça a ideia de que artistas são os outros, confie na sua intuição e, sem medo de errar, arrisque caminhos diferentes, “abracadabras” que abrem portas que pareciam irremediavelmente trancadas.

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Fomos perguntar a três reconhecidos criadores que nos contem o que os bloqueia e como superam os buracos negros. O trabalho de cada um deles prova que sabem do que falam.

. Luísa Sobral (cantautora)“Acho que o que me bloqueia a criatividade é quando começo a pensar demasiado no medo de me repetir, de fazer algo que seja muito parecido com outra canção que já tenha escrito. Também bloqueio quando gosto da música, mas sinto que a letra não se enquadra. Fico frustrada e muitas vezes deixo a canção de lado.Para fazer voltar a criatividade, acho que é importante dar-lhe tempo. Todas as ideias que tenho gravo-as no meu telemóvel. Umas são logo utilizadas quando chego a casa mas outras, aquelas onde ocorreu o tal bloqueio, ficam lá e pego nelas mais tarde, por vezes quase um ano depois!"

. Fernando Alvim (radialista, apresentador, comediante)“Uma mulher pode bloquear qualquer criatividade! Mas mulheres à parte, o que mais me bloqueia é o cansaço. De manhã, tenho sempre as ideias mais produtivas, quando tomo banho ou ando de mota. À noite, para ser sincero, tenho outro tipo de ideias, também muito criativas, mas mais surreais... Para desbloquear, o segredo é ler tudo o que me aparece à frente, desde a revista Maria a Beckett.”

Entregue-se ao que faz com paixão, seja a inventar uma nova sanduíche, a emparelhar as meias do seu filho, ou a escrever um livro, e descubra as fórmulas que resultam consigo porque o que leva alguém ao Eureka final pode ser aquilo que mata outra. Mas como, apesar de todos os mantras, por vezes bloqueamos nos momentos mais importantes, aqui ficam algumas ideias para usar como bem entender.

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1. Comece!

Isso mesmo: comece. Risque uma página, faça um telefonema, escreva o que lhe vier à cabeça, junte ingredientes… O que importa é pôr-se em movimento – a adrenalina gera adrenalina.

2. Arrume camisolas por cores

Encontre o seu ritual de aquecimento, ou aquele que utiliza quando, a meio de uma tarefa, está num beco sem saída. Afie os lápis e arrume a secretária, ou separe as camisolas por cores… O que importa é que seja uma tarefa rápida, que lhe dê a satisfação dos resultados imediatos. Com as baterias recarregadas, pode recomeçar.

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3. Induza o pânico

Há pessoas que só funcionam quando se sentem à beira do precipício. Se for o seu caso, autoinduza um estado de pânico, definindo uma hora ou data obrigatória como deadline. Depois comunique-a ao chefe, ao editor, à professora do seu filho. Assim vai ter mesmo de cumprir.

4. Faça uma lista

O mais terapêutico das listas é o prazer de pôr um “certo” à frente das que já se concluiu, libertando-nos do sentimento do “não fiz nada”. Por isso, coloque na lista coisas que se concluam depressa, para poder riscar, e ganhar balanço para as mais difíceis.

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5. Bolachas, bolachinhas!

Lembra-se do Monstro das Bolachas da Rua Sésamo? Pois é: pode ser mau para as dietas, mas um shot de açúcar pode dar-lhe a energia rápida de que precisa. Se for chocolate, ainda melhor.

6. Para o shopping, em força!

Tinha um porta-chaves que dizia “Quando a vida se torna dura, os duros vão às compras”. Garanto que resulta. Duas vantagens: distrai e gera um sentimento de culpa pelo dinheiro gasto, que torna muito real a consciência de que é preciso trabalhar para repor os fundos despendidos.

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7. Ria-se (de si própria, melhor ainda)

Só um cérebro bem acordado consegue dar uma gargalhada. Por isso, veja um clip cómico no YouTube, converse com uma amiga que a faz sempre rir, escreva um texto de autocomiseração – ao fim de uns minutos, ter pena de nós próprios dá-nos sempre vontade de rir.

8. Desate a correr

O desporto liberta químicos naturais que se espalham pelo corpo e nos tornam mais ágeis. Vá correr durante vinte minutos, ou dance ao som das suas músicas favoritas – põe um ponto final ao bloqueio e vai ver como aos poucos começa a ver a luz ao fundo do túnel. Claro que, se for como eu, consegue os mesmos objetivos com uma boa sesta...

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9. Respeite o seu relógio biológico

Se é um noctívago, não é possível que tenha boas ideias às oito horas da manhã, da mesma forma que se é um madrugador, é praticamente impossível um rasgo de génio às dez da noite. Respeite o seu próprio ritmo biológico e não deixe que os outros lhe façam sermões sobre como, se quisesse, podia deitar-se mais cedo, ou levantar-se mais tarde.

10. Comece por “plagiar”

Sente-se por dentro como um deserto? Incapaz de um pensamento original? Então, comece por plagiar. Isso mesmo: vá ler citações geniais, veja um Ted Talk do tema sobre o qual está a trabalhar e descubra como o génio é contagioso. Uma palavra, uma ideia, uma forma diferente de ver o problema, e o cérebro dispara. Quando der por isso o resultado é genuinamente seu, o que não dispensa de agradecer, de forma clara e inequívoca, à faísca que incendiou a sua criatividade. A gratidão é a madrinha de toda a criatividade.

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