‘Playboy’: as capas mais icónicas
Dois anos após a morte de Hugh Hefner e muito antes de Kylie Jenner ser capa da icónica revista, recordamos as imagens mais especiais do título fundado em 1953 – afinal, a Playboy liderou a revolução sexual da década de 60 e mudou (ou soltou) as mentalidades do seu tempo.

Foi nos anos 50, altura em que a sociedade norte-americana vivia um período profundamente conservador (os filmes com cenas mais explícitas eram censurados e os médicos recusavam a pílula a mulheres solteiras), que Hugh Hefner lançou a primeira Playboy. Antes disso, Hefner era revisor na revista Esquire, de onde saiu quando lhe recusaram um aumento salarial. Esta foi, muito provavelmente, a melhor decisão da sua vida.
Com uma mentalidade livre, perspicácia e vontade de desempoeirar ideias (isto é, de deitar abaixo o puritanismo), construiu um império que o levaria a ficar para sempre associado à revolução sexual dos anos 60. "O meu pai viveu uma vida excecional e impactante. Apoiou alguns dos movimentos sociais e culturais mais importantes do nosso tempo, na defesa da liberdade de expressão, dos direitos civis e da liberdade sexual", escreve agora Cooper Hefner, um dos seus quatro filhos e atual diretor da Playboy Enterprises, num comunicado divulgado à imprensa.

Na verdade, Hefner foi um visionário e nunca teve medo de avançar, mesmo quando o mundo parecia estar cem passos atrás – criou uma revista quando descobriu que, por 200 dólares, podia publicar as imagens de uma sessão fotográfica de Marilyn Monroe (a atriz tinha posado nua para um calendário em 1949); e a Playboy chegou a vender sete milhões de exemplares por mês. Nos anos 70, atingiu o máximo da sua popularidade: a Playboy tornou-se um ícone e as míticas festas que enchiam a sua mansão em Los Angeles foram faladas em todo o mundo.
A Internet e a acessibilidade fácil e gratuita à pornografia online contribuíram para minar o seu império financeiro e Hefner acabou por acumular pesadas dívidas, mas nem por isso (e nem a idade!) mudou o seu estilo de vida. Numa conhecida entrevista contou que o seu maior medo era o de se tornar tão aborrecido como os seus pais e amigos, que eventualmente casavam, tinham filhos e deixavam de se divertir. "Qual era o sentido de viver uma vida que é esperada de nós e não construirmos um caminho à nossa medida?" Hefner foi um hedonista e quis aproveitar cada segundo ao máximo – conseguiu fazê-lo até aos 91 anos - morreu a 27 de setembro de 2017.

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