O melhor da música para setembro
Dos álbuns aos festivais, estas são algumas sugestões para animar este mês.

Aclamado pela crítica, America é o quinto álbum de estúdio da banda de rock alternativo de Jared Leto, 30 Seconds to Mars, que atua no Altice Arena, em Lisboa, a 12. Como todos os projetos da banda, no novo álbum fala-se de guerra, paz, sexualidade, liberdade e fé (bilhetes a partir de €34). A 22 de setembro, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direção musical de Pedro Amaral, junta-se a Mário Laginha, ao piano, para um concerto de outono, no Coliseu do Porto, que promete ser memorável (bilhetes entre €20 a €120). A banda americana de dream pop Beach House vem apresentar o álbum 7 (o seu sétimo) ao Coliseu de Lisboa, a 25, e ao Teatro Sá da Bandeira, no Porto, no dia seguinte, para fechar o mês de setembro com a deliciosa melancolia de composições como Pay No Mind ou L’Inconnue (bilhetes a €28). Como chamariz para outubro, antecipamos a chegada do novo álbum de Cat Power. Wanderer foi escrito e gravado entre Miami e Los Angeles, nos últimos anos, conta com participação de artistas como Lana del Rey e marca o regresso de Power, após seis anos de ausência.
Vai-e-vem citadino

Na capital. Dois dos lugares mais cool da cidade lisboeta, a LX Factory e o Village Underground, recebem o Nova Batida Festival que junta eletrónica, jazz e hip-hop. De 14 a 16 de setembro, o festival (que é promovido pela londrina Soundcrash) recebe vozes como a de Yazmin Lacey, George FitzGerald, Connie Constance, Mount Kimbie, Max Cooper, Peanut Butter Wolf ou Gilles Peterson (os primeiros bilhetes estão à venda por €69).
Cultura na rua
Quão maravilhoso é um mundo onde a Música, o Teatro, a Dança e o Cinema são celebrados nas praças, ruas e jardins de uma cidade beijada pelo sol? Esse mundo ganha forma na nova edição do Lisboa na Rua. Até 30 de setembro esperam-se momentos como o concerto de abertura do Coro e da Orquestra Gulbenkian, no Vale do Silêncio, nos Olivais, com um repertório que revisita as bandas sonoras icónicas do Cinema; performances de jazz em jardins como o do Palácio Pimenta ou nos reservatórios Mãe d’Água e Patriarcal (sessões incluídas no Lisboa Soa, o ciclo de arte sonora); vozes do fado na Praça do Município (edição Sou do Fado) com fadistas como Teresinha Landeiro; ou tertúlias no Bairro Alto. Destacamos o projeto Moving People, da brasileira Christiane Jatahy, que nos fala de memórias, encontros e migrantes. O programa completo em culturanarua.pt.

Edição deluxe
Estávamos em 1968 quando o grupo The Doors lançou o terceiro álbum de estúdio, Waiting for The Sun. Em cinco décadas, vendeu milhões de exemplares e eternizou clássicos românticos como The Unknown Soldier, Five To One ou Hello, I Love You. A editora musical Rhino comemora a data com a edição The Doors: 50th Anniversary Deluxe Edition que inclui um conjunto de três CD e um LP. O primeiro disco tem a mistura estéreo original do álbum remasterizado, pela primeira vez, em quase 30 anos; o segundo disco, a mistura mono original remasterizada, também pela primeira vez em CD; e o terceiro disco inclui a gravação do concerto no The Matrix, em São Francisco, realizado algumas semanas após o lançamento do álbum The Doors. À edição junta-se uma versão em vinil e um livro que contém notas do jornalista David Fricke, bem como uma seleção de fotografias raras e inéditas da banda liderada por Jim Morrison.

Relembrar Amy
Novo livro da Taschen reúne 85 fotografias a cor e a preto e branco do fotógrafo Blake Wood. Mais do que uma homenagem, é simultaneamente um diário e um retrato de uma rapariga londrina talentosa a viver a vida em pleno.
Sara Serpa canta de Nova Iorque para o mundo
Uma das mais belas vozes do jazz é fresca, ágil e poética como uma nuvem. Ela canta o universalismo e as lutas sociais que ainda travamos, mas também o amor e a beleza das pequenas coisas – e nem sempre precisa de palavras.