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Inês Arrimadas, a líder política que está a virar o jogo na Catalunha
Nasceu em Jerez de La Fronteira, tem 36 anos e pode vir a liderar uma coligação unionista na Catalunha. Quem é, afinal, Arrimadas e como pode mudar o destino da Catalunha?

Nasceu em terras andaluzas, mas Inês Arrimadas diz-se de coração salamantino (os pais são da aldeia de Salmoral, Salamanca) e a sua dedicação profissional tem, nos últimos dez anos, um ímpeto catalão. Não é por acaso que quer a Espanha unida. Se a procurarmos no Google, a primeira informação diz-nos que é advogada. Foi-o, de facto: estudou Direito e Administração Pública na Universidade Pablo de Olavide e trabalhou em Barcelona (onde os pais viveram durante anos) em vários departamentos jurídicos, empresas e consultoras. É a mais nova de quatro irmãos e em pequena não gostava de bonecas, adorava antes ver futebol - sempre foi, aliás, acérrima adepta do Barça.
Uma assumida constitucionalista, já que apoia o que na Constituição espanhola estabelece a unidade territorial do nosso país vizinho, Inês Arrimadas chegou à capital da Catalunha em 2008. Está presente na esfera política há seis, filiou-se em 2010, depois de assistir a um comício do Ciudadanos - um caminho que a levou a tornar-se hoje a secretária-geral do Partido Ciudadanos da Catalunha, a segunda força política mais votada no parlamento regional, com 25 deputados. A jovem líder, cujo poderoso discurso, no passado domingo, viu 4.000 apoiantes (segundo noticia o jornal El País) gritar em uníssono por ‘Presidenta’ no Teatro Goya, em Barcelona, está agora a chamar a atenção do mundo. Segundo a avaliação feita pela empresa Metroscopia publicada no El País, a força política de Inês está em primeiro lugar, tecnicamente empatada com a Esquerda Republicana Catalã (ERC), já que os Ciudadanos reúnem 25,2% das intenções de voto, a ERC 23,1%. Na terceira posição surgem o partido de Carles Puigdemont, ex-presidente exilado do governo regional, o Juntos pela Catalunha (JxCat), com 14,3% dos votos, com o Partido dos Socialistas da Catalunha (PSC) também com 14,3%. Assim, e pela primeira vez no panorama eleitoral catalão, assistimos a um bloco de partidos constitucionalistas que superam em votos (44,9%) as formações independentistas (43,8%) e que trazem à Catalunha uma esperança diferente da do passado dia 1 de outubro, quando mais de 500 pessoas ficaram feridas em conflitos após a polícia espanhola tentar impedir o voto aos catalães.

No escrutínio da próxima quinta-feira, 21 de dezembro, espera-se que o partido de Inês não só iguale forças como a Esquerda Republicana (ERC) mas sim que venha a ultrapassá-la. A verdade é que os cartazes da sua campanha eleitoral não poderiam ter mais a ver com a sua própria personagem: fazem lembrar os super-heróis da Marvel, em tons garridos e expressões fortes. Não será isso, afinal, de que a Catalunha precisa?

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