
Enciclopédia do mundoNo ano em que comemora o seu 125.º aniversário, a National Geographic deu livre-trânsito ao autor Reuel Golden, que explorou com detalhe os extensos arquivos da revista. O resultado é National Geographic Around the World in 125 Years (Taschen) – uma impressionante viagem à volta do mundo, compilada em três volumes: Americas and Antarctica, Europe and Africa e Asia and Oceania (em edição limitada de 125 mil exemplares). Com mais de 1400 páginas de fotografias – algumas delas nunca antes publicadas, e assinadas por nomes como Steve McCurry, Frans Lanting, George Rodger e James Nachtwey –, a obra transmite a estética de ensaio fotográfico criada pela revista que, ao longo de cinco gerações, tem tornado o outro lado do mundo mais próximo e irresistivelmente atraente. Viagem, vida selvagem, ciência, história, cultura, conservação são alguns dos conceitos indispensáveis para definir o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela National Geographic, na tentativa de proteger o planeta, informando leitores e formando as novas gerações.
Mesa de cabeceira
Amar numa língua estrangeira, de Andrea JeftanovicDois desconhecidos cruzam-se num avião. Mais tarde, por detrás dos seus computadores, Alex e Sara alimentam o amor, separados pela distância e geografia linguística, unidos pela notícia devastadora de uma doença. Focado na linguagem, o segundo romance da escritora chilena mede o pulso às estranhas formas que assume a vida moderna.
Amores e Saudades de um Português Arreliado, de Miguel Esteves CardosoSempre irresistível e acutilante, o escritor regressa aos livros com um conjunto de crónicas sobre as pequenas (e as grandes) coisas do dia a dia, decisões e observações, sem perder de vista as peculiaridades dos portugueses.
Colheita, de Jim CraceTrês forasteiros – dois homens e uma mulher – chegam a uma aldeia pacata de Inglaterra, na mesma noite em que deflagra um incêndio. É o princípio de um clima de tensão que, progressivamente, e graças a outros acontecimentos, quebra a harmonia instalada, dissolvendo uma ordem natural.
Discurso direto
Tiago Salazar, Jornalista e escritorEntre agosto e dezembro de 2011 Tiago Salazar viajou por 12 estados brasileiros em reportagem para o programa Endereço Desconhecido, transmitido pela RTP2. Agora, a viagem ganha o formato livro. Crónica da Selva (Edições A23) é o sexto livro do jornalista e escritor e conta com ilustrações de Luís Christello.
O andarilho foi até à selva, mais especificamente até ao Brasil. De que forma é que o país se atravessou em si?O Brasil cola-se à pele, abraça-nos, ama-nos, desafia-nos, sacode-nos e mesmo os mais tímidos e empedernidos, os de pé de chumbo e coração fechado, acabam por entregar-se. Se há país que simbolize a dança da vida, o território da felicidade, o lugar ao sol e ao som, é este. É claro que podemos irritar-nos com a corrupção em escala ou o pequeno truque para sacar uns cobres, insurgir-nos contra a devastação de lugares universais como a Amazónia ou o Pantanal, mas nunca deixaremos de olhar para esta selva (de duplo sentido) como um dos torrões mais fascinantes do planeta. Se o que conta das viagens é a recordação, como deixou escrito o Laurence Sterne, lembrar-me do Brasil é recordar instantes de pura alegria.
Estas crónicas resultam das viagens que fez para o programa Endereço Desconhecido, transmitido pela RTP2. Neste caso, o que é que o livro acrescenta ao “filme”?O livro junta um conjunto de “retratos” de personagens do caminho, cuja versão encurtada da entrevista televisiva deixaria aquém da sua grandeza de espírito. Falo de um Evandro Santos, de uma Ana cubana, de um Filipe Bustorff, de um Nelson Cito, de um Pacheco, de um Negão da Abolição. Costumo dizer que são as pessoas que me contam dos lugares ou que a viagem não é tanto de atravessar países mas muito mais de ser atravessado por eles, e os países são os seus patrícios.
O Brasil, mais especificamente a Bahia, é também um dos destinos que se propõe revisitar como guia (das Pinto Lopes Viagens). O que é que mais o encanta neste papel? Gosta de viajar acompanhado… acompanhado de desconhecidos?Encanta-me poder partilhar no terreno duas das minhas maiores paixões: viajar e escrever. Ver as pessoas de livros abertos, a ler em voz alta, e a alternar o olhar entre o que foi sendo escrito através dos tempos e o que está ali, é apaixonante. Também podia ser dececionante se a escolha recaísse sobre terras que já foram, onde não sobram sequer as ruínas, por isso as minhas escolhas são sempre de lugares o mais intactos e preservados e estimados possível, como a maravilhosa Bahia do maravilhoso Jorge Amado.
Alguma ideia de qual será o próximo destino – físico ou literário?Irei a Israel no final de maio falar do meu livro antes deste, o Hei-de Amar-te Mais (edição Oficina do Livro/Leya). É um diário íntimo de correspondências, pensamentos e poesias onde falo dos êxtases e melancolias desta vida de viajante que me faz viver entre-mundos numa tentativa de síntese, da nota perfeita.
Sendo um experiente viajante, quais diria que foram os principais ensinamentos aprendidos na estrada?A bondade é o maior ensinamento da viagem e da vida. Sem ela não se une o círculo. Falo do dar por dar, da justa medida, de um idealismo de que o mundo melhor, além do nosso estarmos bem no nosso mundo e em qualquer parte do mundo (ou em Marte e na Lua), nasce da arte do encontro com o outro.
Faça acontecerElogiado por publicações de prestígio como o New York Times, que o considerou “um manifesto que constitui um ponto de viragem”, ou por personalidades como Oprah, que o definiu como um livro “honesto e corajoso”, foi best-seller em vários países. Agora, o livro de Sheryl Sandberg, chefe de operações do Facebook considerada pela revista Fortune como uma das 50 Mulheres mais Poderosas e pela Time como uma das 100 pessoas mais influentes, chega a Portugal. Faça Acontecer – Mulheres, Trabalho e a Vontade de Liderar (Editorial Presença) analisa as diferenças de género num tom bem-humorado e incita as mulheres a não desistirem de desenvolver o seu potencial. Uma obra a não perder!
