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Diana Policarpo vence prémio Novos Artistas da Fundação EDP com instalação feminista

A artista visual retratou a trajetória de fungos parasitas na instalação multimédia ‘Death Grip’, explorando a questão das relações de trabalho e da invisibilidade feminina.

Foto: Instagram @maatmuseum
03 de julho de 2019 às 17:58 Camila Lamartine

A 13ª edição do Prémio Novos Artistas da Fundação EDP, que já galhardeou os artistas Joana Vasconcelos e Pedro Paiva, consagrou na manhã de ontem, 2 de junho, no Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia (MAAT), a artista multifacetada de 33 anos, Diana Policarpo pela exposição que questiona a representatividade de género através da investigação artística de espécies fúngicas.

Intitulada ‘Death Grip’, a instalação multimédia é o resultado de uma residência artística em Varanasi na Índia, onde a artista aprofundou-se no caminho percorrido por um fungo parasita que se aloja em espécies hospedeiras. "O fungo apropria-se de outros corpos para se reproduzir e contaminar outras espécies. Death Grip é o momento em que exerce o controlo da mente do hospedeiro e o obriga a mover-se para o local que lhe é propício", explicou Policarpo na conferência de imprensa que se seguiu ao anúncio do prémio.

A exposição foi considerada pelo júri a mais coerente no que se refere à pesquisa e sua tradução, apresentando uma metáfora entre as relações do fungo com as desenvolvidas na sociedade. "Tento contar uma história sobre o ciclo do fungo, um cogumelo, que tem muita capacidade de resistir e sobreviver, mas é também muito aberto à colaboração com outras espécies. É um trabalho que tenho vindo a desenvolver: observar modos de pensar e viver além do humano e não-western e questionar o papel do género na história do capitalismo", comentou ainda a artista.

Diana Policarpo nasceu em Lisboa e formou-se pela Escola Superior de Artes e Design (ESAD), tirou um Mestrado em Artes Visuais (MFA) pelo Goldsmiths College, da Universidade de Londres. Trabalha entre as artes visuais, performance multimédia e a música, sempre abordando temas que se referem a questões de género e (in)visibilidade feminina.

A instalação ‘Death Grip’ está patente no MAAT até 9 de setembro.

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