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De que servem as resoluções de novo ano?

Filipa, 32 anos, Leiria.

30 de dezembro de 2015 às 19:01 Dra. Catarina Rivero

Todos os anos faço uma lista de objetivos para o novo ano mas, na verdade, pouco resultado tem tido… De que servem as resoluções de novo ano se quase sempre ficam por cumprir? 

Cara Filipa, poderá haver vários motivos para que as resoluções fiquem por concretizar, quer a nível individual, quer a nível das circunstâncias. Todavia deixarei algumas pistas sobre esta estratégia que tantos acolhem nesta altura do ano.

São muitas as pessoas que, tal como a Filipa, sentem que os objetivos que se definem para o novo ano ficam por concretizar, o que poderá trazer alguma frustração e menos vontade de voltar a sonhar e planear no ano seguinte. Muitas vezes tal prende-se com a forma como os objetivos são definidos e programados. A primeira questão que se pode levantar é saber se são objetivos que quer concretizar, ou se queria concretizar (isto é, que gostaria eventualmente). O grau de compromisso que temos em relação aos nossos objetivos relaciona-se com a importância que lhes damos, com o significado que consideramos que nos acrescentam… se queremos mesmo, estaremos envolvidos e mais motivados. Se gostaríamos ou achamos uma ideia interessante (se tivéssemos outro estilo de vida/ rendimento/ prioridades), a tendência poderá ser adiar e não assumir de forma comprometida.

Depois de distinguir o que queremos efetivamente do que gostaríamos eventualmente, podemos considerar outro fator não menos importante: a sua concretização depende de si ou de outros? Há circunstâncias que podem condicionar? O ginásio pode depender de questões de saúde, dinheiro e horários que, após controladas, passa a depender da motivação individual. Já o objetivo de fazer a cama todas as manhãs, ou reduzir o número de horas despendidas nas redes sociais, só dependerá de si. Considerar os diferentes aspetos na definição de qualquer objetivo é assim importante, para evitar frustrações. Ter como objetivo fazer uma viagem com outra pessoa, para além de condicionantes de saúde e dinheiro a serem controladas, há ainda a considerar se tal será um objetivo prioritário para a outra pessoa. O mesmo acontecerá com o objetivo de ser promovida no trabalho, em que as questões da organização e chefia entram na equação. Nos diferentes objetivos há então que definir o que depende de si (trabalhar o melhor possível, convencer a outra pessoa a fazer a viagem, ir a aulas de ginásio já com horários definidos na rotina semanal, etc.), e considerar os aspetos que não dependem de si, de forma a encontrar uma lista de objetivos realistas e tangíveis.

Ainda importante é que os seus objetivos sejam claros e mensuráveis, já que objetivos mais ambíguos tendem a perder-se no tempo. Se estiverem bem definidos pode ao longo do ano fazer uma revisão e compreender se o processo para os atingir está a decorrer da forma esperada, ou se há alterações que precisam de acontecer. Rever os objetivos ao longo dos meses pode ser também de grande ajuda, celebrando os que já tiverem sido concretizados e otimizando estratégias para os que continuam pendentes. As celebrações partilhadas podem servir também de motivadores para novos desafios.

Pode ser ainda muito enriquecedor definir metas e desafios nas diferentes áreas de vida: profissionais e/ou académicas, nas relações íntimas, na participação social, nos hobbies e/ou desporto, na rotina de todos os dias, alargando assim o âmbito das suas prioridades. Naturalmente, há que ter em atenção os exageros: mais pode não ser sinónimo de melhor. Selecione aqueles objetivos que considera mesmo importantes e prioritários.

Acima de tudo, escrever tende a ser uma boa aposta… se forem objetivos sentidos e com potencial de serem vividos de forma comprometida.

Feliz Ano Novo, repleto de concretizações!

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