Criar e transformar: 7 exposições para ver em julho
Artistas a solo, moda e uma viagem cultural são o mote das exposições que destacamos para julho.

Karma Chameleon
A carreira de Cindy Sherman (New Jersey, EUA, 1954) já conta com mais de 40 anos em que a artista se metamorfoseia na sua própria figura. Tendo como ponto de partida a inspiração em diferentes fontes culturais, Sherman usa as roupas, cabelos e maquilhagens para assumir uma personagem e protagonizar fotografias. A National Portrait Gallery centra-se na capacidade camaleónica da artista e na tensão entre fachada e identidade do seu trabalho na exposição retrospetiva Cindy Sherman. Estão reunidas mais de 180 obras que percorrem o seu trabalho desde a década de 1970 até à atualidade. Entre elas a série Untitled Film Stills completa (a obra de 70 imagens inspiradas em cinema que despertou a atenção da crítica e definiu o estilo da artista), assim como todas as cinco obras da série Cover Girl (feita em 1976 quando ainda era estudante) juntas pela primeira vez. Até 15 de setembro, em Londres.

Onde? National Portrait Gallery, Londres
Quando? De 27 de junho a 15 de setembro

Regresso às origens
Arte, história e geopolítica coabitam na exposição O Gosto pela Arte Islâmica (dos finais do Império Otomano à Era do Petróleo) que a Fundação Calouste Gulbenkian apresenta entre 12 de julho e 7 de outubro. Esta mostra é também uma homenagem ao próprio Gulbenkian, no ano em que se comemoram 150 anos do seu nascimento no antigo Império Otomano. Às obras-primas de arte islâmica da coleção do fundador juntam-se outras provenientes de coleções internacionais, como, por exemplo, do Museu do Louvre, do Metropolitan de Nova Iorque e do Victoria & Albert de Londres.
Numa outra latitude, o marchand e editor Ambroise Vollard encomendou a Pablo Picasso um conjunto de 100 gravuras que o artista espanhol realizou entre 1930 e 1937 e que ficou conhecido como Suite Vollard. As gravuras foram produzidas em dois formatos e tipos de papel e a Fundação Mapfre mantém uma coleção destas gravuras inalterada, a qual viajou para o Palácio das Artes no Porto para a exposição Pablo Picasso. Suite Vollard, para visitar até 11 de setembro.

Onde? Museu Calouste Gulbenkian
Quando? De 27 de julho a 7 de outubro
Onde? Palácio das Artes no Porto
Quando? De 30 de maio a 11 de novembro
Moda disruptiva
Na moda, são os jogos de contraste e os movimentos contracorrente que dão origem às tendências e, mais tarde, aos estilos de uma época. No museu do Fashion Institute and Technology (FIT), a exposição Minimalism/Maximalism: Fashion Extremes, de 28 de maio a 16 de novembro, explora o paradoxo minimalismo/maximalismo na moda através de uma seleção de peças do século XVIII até à atualidade, dos vestidos depurados dos criadores americanos às criações ultradecoradas da alta-costura.
No Brooklyn Museum, a exposição Pierre Cardin: Future Fashion, de 20 de julho a 5 de janeiro, é a primeira retrospetiva do criador francês em 40 anos. Estão reunidos mais de 170 objetos do arquivo e do ateliê, peças de alta-costura, prêt-à-porter, ilustrações, fotografias, bem como as incursões do criador pelo universo do mobiliário e iluminação. Os cenários da exposição são inspirados nos ateliês, showrooms e casas do próprio Cardin, fazendo desta mostra uma experiência imersiva.
Minimalism/Maximalism: Fashion Extremes
Onde? Museu do Fasion Institute and Technology
Quando? De 28 de maio a 16 de novembro
Onde? Brooklyn Museum
Quando? De 20 de julho a 5 de janeiro de 2020
Magia da cor
A galeria Barbican, em Londres, recebe a primeira retrospetiva de Lee Krasner (Nova Iorque, 1908-1984) na Europa em mais de 50 anos. Lee Krasner: Living Colour, até 21 de setembro, conta, através de cerca de 100 obras, a vida e carreira de uma mulher artista, pioneira do expressionismo abstrato e que se afirmou em nome próprio depois de ter vivido algum tempo na sombra do marido, Jackson Pollock. Colagens, geometrias rigorosas e pinturas abstratas de larga escala são acompanhadas por raras fotografias e filmes da época.
Olafur Eliasson (Copenhaga, 1967) regressa à Tate Modern, em Londres, com a exposição Olafur Eliasson, in Real Life, de 11 de julho a 5 de janeiro. Esculturas e instalações invadem o espaço interior e exterior com arco-íris, reflexos e sombras, nas peças coloridas e cativantes do artista. Há ainda uma área desta mostra que é dedicada ao ambiente e à sociedade que reflete a abordagem de Eliasson aos problemas desta ordem que são hoje preocupantes, como o clima, a imigração ou a energia.
Onde? Barbican Art Gallery (Londres)
Quando? De 30 de maio a 1 de setembro
Onde? Tate Modern Gallery
Quando? De 11 de julho a 5 de janeiro de 2020
