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Conde de la Corte, um refúgio a 3 horas de Lisboa

Fomos até Zafra, a ‘pequena Sevilha’ da região de Extremadura, conhecer um espaço onde o vintage encontra a tradição espanhola. O que «encontrámos» foi um fim de semana de puro sossego e descanso.

15 de julho de 2016 às 07:00 Máxima

Num fim de semana em que a temperatura apontava para os 36º, rumámos a terras espanholas, a partir de Lisboa, em direcção a Zafra - uma cidade situada na região de Extremadura, logo a seguir à fronteira portuguesa. No caminho até à cidade a que apelidam de «pequena Sevilha» fomos observando a transformação da paisagem que, tal como o clima, é muito semelhante à paisagem da região do Alentejo, em Portugal. O destino era um dos alojamentos da unidade hoteleira Vivedespacio, Conde de La Corte, uma casa-palácio que outrora foi casa senhorial, nesta que é também conhecida como uma cidade de forte ligação à atividade taurina.

Já em Zafra, no Conde de La Corte, somos recebidos com limonada fresca e uma decoração que é, logo à entrada, uma agradável conjugação do estilo vintage com motivos castelhanos. Ao olhar para cima vemos o claustro original da casa que, no século passado, pertenceu a Don Agustín María de Mendoza y Montero de Espinosa, o 6º Conde de La Corte. Uma casa por onde passaram inúmeros cavaleiros que em convívio festejavam as suas vitórias, cedo os encontramos em fotografias espalhadas pelo hotel, nos quartos e corredores do primeiro andar, assim como alguns artigos que lhes pertenceram, preservados nas vitrinas ou em cima dos móveis da sala de estar. Chama-nos a atenção a afluência da cor vermelha, o papel de parede em padrões florais, e os lindíssimos candeeiros vintage com um grau de elaboração incrível. O Conde de La Corte dispõe de um jardim cheio de flores e árvores, uma piscina sossegada, e pequenos espaços para relaxar por todo o hotel, como sofás ou cadeirões.

Pensado para desfrutar com calma, um fim de semana em Zafra leva à paragem obrigatória nas duas praças principais, a Praça Grande e a Praça Chica, nem que seja para observar a arquitectura dos locais, datada dos séculos XV e XVI respectivamente, mas sobretudo para tapear e ‘tomar unas copas’ nos restaurantes de rua com esplanada. Considerada uma cidade com um conjunto histórico-artístico de interesse nacional em 1965, Zafra tem vários monumentos que em si carregam caricatas histórias. Entre eles, destacam-se o Palácio dos Duques de Feria (século XV), hoje Albergue de Turismo; a Casa Grande, um edifício classicista; o Convento de Santa Clara (conhecido pela boa disposição das freiras que habitavam o espaço); a Casa do Aljimez, uma moradia do século XV (que, segundo os habitantes, é também conhecida por estar assombrada); o Convento do Rosário e o Convento de São Bento; e a Praceta do Pilar Redondo, onde pode visitar-se a casa-palácio Garcia de Toledo.

Praça del Pilar Redondo, 2

Tlf. +34 924 56 33 11

Preços a partir de €97 por noite, para quarto duplo.

Passear por ruas emblemáticas como a rua Jerez, onde estão as notáveis moradias que venceram os prémios de melhor varanda com flores, também é uma forma descontraída de conhecer a verdadeira Zafra. Para além do programa cultural, também pode optar por ir a Zafra vivenciar duas das maiores festas de Espanha, a Feira Internacional de Gado e a Feira Regional do Campo Estremenho, que se realizam no início de outubro.

Outras das boas razões para visitar esta cidade é a gastronomia. A gastronomia é outro dos pontos fortes da zona, e se lhe mencionarem que o melhor foie gras do mundo é feito a uns escassos quilómetros da cidade, na quinta La Patería de Sousa, nós confirmamos que é verdade. Bem como o presunto pata negra, os chouriços, os queijos, e os vinhos – como por exemplo os vinhos da adega Pago Domblasco (situada em Salvatierra de los Barros) – que são produtos com fábricas de excelência nesta região.

Tudo a postos para seguir viagem? Por nós, e apesar do calor, voltávamos num ápice para mais três dias de puro relax, como quem diz para umas mini-férias a apenas três horas de distância.

Por Rita Silva Avelar