Os 12 momentos que marcaram o ano
De discursos políticos a mudanças constitucionais, das marchas pela igualdade às conquistas no desporto, estes são os momentos a lembrar quando se falar em 2017.
Segundo o Observatório da Emigração, a emigração nacional em 2016 atingiu o valor mais baixo dos últimos cinco anos. Os valores começaram a aumentar em 2012, altura em que emigraram 105 mil portugueses (em 2011 tinham deixado o país 85 mil), e a partir desse ano os valores continuaram a subir. Em 2013 registaram-se 120 mil casos de emigração e em 2014 ocorreu uma ligeira descida (115 mil), que se repetiria no ano seguinte (110 mil).
Embora a tendência de decréscimo já não seja de agora, em 2016 os valores desceram consideravelmente. Nesse ano, 100 mil portugueses emigraram, o valor mais baixo desde 2012.
Rui Pena Pires, responsável pelo Observatório da Emigração, declarou ao jornal Público que embora o decréscimo seja significativo, "vamos demorar a retomar os níveis de antes da crise" e que é normal que a emigração continue nos próximos anos. "Portugal ainda não está num processo de expansão económica muito forte" e "quando a emigração cresce mais, a certa altura, fica menos sensível aos incentivos económicos", pelo que o único fator que pode reduzir consideravelmente a emigração será a crise nos países de destino.
Esta redução do número de emigrantes em Portugal deve-se "à diminuição, pela primeira vez, da emigração para o Reino Unido e para Angola, que eram dois dos principais países de destino e que se mantinham estáveis apesar dos outros já estarem a descer". O decréscimo de imigrantes portugueses no Reino Unido foi de 5%, mas em Angola desceu para quase metade. Espanha, no entanto, teve uma subida de entradas de imigrantes portugueses, mas os valores mesmo assim não compensam a diminuição da emigração para outros destinos.
Surpreendentemente, e apesar da nova vaga de emigrantes licenciados, "a emigração continua a ser maioritariamente de mão-de-obra mesmo muito pouco qualificada". No Reino Unido, apenas um terço dos emigrantes portugueses têm cursos superiores, enquanto noutros países o número de licenciados é igual ou inferior a 10%.