Da peça “O Gato das Botas”, inspirada no conto de Charles Perrault, à peça-catástrofe "A Estupidez" que narra cinco histórias contadas em simultâneo, são várias as razões para ir ver estes espectáculos.
17 de janeiro de 2017 às 16:33 Máxima
"A Estupidez" de 11 janeiro a 25 fevereiro
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Terça e quarta, às 19h; quinta e sexta, às 21h e sábado, às 16h e 21h, no Teatro da Politécnica. Preço singular de 10€.
Uma peça do grupo Artistas Unidos, da autoria de Rafael Spregelburd, e encenação de João Pedro Mamede, "A Estupidez" é uma peça-catástrofe que coloca cinco personagens a narrar a sua história, onde ninguém ouve ninguém. Uma peça para reflectir a necessidade urgente de comunicar.
Pelas 15h00, no Teatro Armando Cortez. Adulto 11€ e Criança / Sénior 9€.
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A peça "O Gato das Botas", inspirada no conto de Charles Perrault, conta a história do filho mais novo de um moleiro que herda do pai um gato de estimação, enquanto os mais velhos herdam o moinho e um burro. O rapaz, que ficou indignado com a sua pobre "herança", descobre que afinal o seu gato fala e que é um amigo bastante leal. Nesta peça, o teatro junta-se à música, à representação, dança e literatura.
"Os Últimos Dias da Humanidade", 14, 19 e 22 de janeiro
Sábado e quinta, às 21h e domingo, às 16h, no Teatro Nacional D. Maria II. Desde €10
Génio irado mas compassivo, Karl Kraus mergulhou no pandemónio da Grande Guerra (1914-1918) e de lá regressou com duas centenas de cenas da "humanidade em decomposição". Os Últimos Dias da Humanidade (1915-1922) é uma crónica desses dias sangrentos que viram nascer a era da industrialização da morte, da mentira, da estupidez. Mas é também, e sobretudo, um laboratório de escrita experimental a que alguém já chamou a "obra-prima submersa do teatro do séc. XX". Um teatro da citação, da repetição, da montagem, numa palavra, do contraste: personagens e documentos "reais" são vivificados pela imaginação satírica do autor, a atrocidade anda de mãos dadas com a futilidade.
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"A vida como ela é", 19 a 22 de janeiroQuinta a domingo, às 21h30, no Teatro Taborda. €5 a 10€ por pessoa.
Um espectáculo do Teatro da Garagem, construído a partir do universo das crónicas que Nelson Rodrigues escreveu diariamente, durante cerca de dez anos, para o jornal Última Hora. Através do retrato do quotidiano das relações entre casais no Brasil dos anos 50, Nelson Rodrigues traça um quadro implacável sobre as relações humanas no que de mais íntimo e também transgressor as caracteriza.
Nestas histórias do quotidiano o autor brasileiro pretende, tal como Tchekhov, descrever "a vida tal como ela é na realidade" e, como o autor russo, mostrar nas suas obras o drama da própria vida. A vida como ela é, expressão "roubada" a Tchékhov não pretende julgar o comportamento humano, mas sim fazer-nos olhar para nós próprios, nas nossas misérias e grandezas com ironia e um certo humor negro.
"Fogo", 19 a 29 de janeiro
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Quinta a sábado, às 21h e domingo, às 17h, no Teatro Thalia. A €16 por pessoa.
Depois de uma viagem muito livre pela Commedia de Dante, Luís Castro e Vel Z abraçam o desafio de criar uma nova experiência perfinst a partir do fogo, "elemento nobre e mitológico (…) ponto de partida para a afirmação do Homem no planeta Terra".
Criado especificamente para a sala do Teatro Thalia, edifício oitocentista recentemente recuperado, Fogo é "uma imensa instalação performativa", onde quatro atores e um body-artist corporizam personagens e imagens inspiradas, sobretudo, na pintura clássica, mas também no cinema e na fotografia, sem esquecer um conjunto de "referências científicas, históricas e antropológicas".
1 de 5 / "A Estupidez", de 11 janeiro a 25 fevereiro | Fotografia: Jorge Gonçalves
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2 de 5 / "O Gato das Botas" a 21 de janeiro
3 de 5 /"Os Últimos Dias da Humanidade", 14, 19 e 22 de janeiro