No tempo da outra senhora não havia liberdade nem saneamento básico. Dizem que os cofres estavam cheios de ouro, mas Portugal era um país miserável e descalço. Passados 51 anos da Revolução de Abril há quem tenha saudades e se orgulhe disso.
No tempo da outra senhora não havia liberdade nem saneamento básico. Dizem que os cofres estavam cheios de ouro, mas Portugal era um país miserável e descalço. Passados 51 anos da Revolução de Abril há quem tenha saudades e se orgulhe disso.
Com a primavera, floresceu uma mão cheia de exposições da melhor fotografia. De nomes grandes como Jeff Wall, no Maat, e Chantal Akerman e Nan Goldin, no CCB, até à estreia do escocês David Yarrow e ao olhar estrangeiro sobre a nossa revolução dos cravos. São retratos do nosso tempo.
Ocupa um piso inteiro do MUDE, em Lisboa, e resume o melhor da criação de moda nacional, de 1970 a 2020, para ver até outubro. A Máxima foi recebida pela curadora e diretora do museu, Bárbara Coutinho.
Durante muito tempo, as mulheres ficaram fora das narrativas oficiais. A História da Literatura não foi exceção, com as autoras anteriores ao século XX a representarem menos de 5% das referências. Mas, lentamente, surgem sinais de mudança. "História Global da Literatura Portuguesa", agora publicada, é reflexo dessa nova abordagem historiográfica, mais diversa e plural.
Em 2024, a BBC destacou-a na lista das mulheres mais influentes em todo o mundo. Mas Portugal não precisava desta distinção para reconhecer o quanto deve à escritora, poetisa e militante feminista Maria Teresa Horta, que morreu esta terça-feira, na sua Lisboa, aos 87 anos.
Símbolo máximo da poesia erótica, do jornalismo e do feminismo português, pôs-se no meio da arena, em plena ditadura, e deu o peito às balas para que as mulheres tivessem todos os direitos que foram negados às gerações anteriores, e às anteriores. Aos 86 anos, continuava a ser uma inspiração e uma referência de justiça, inteligência e sensibilidade, como de candura, de teimosia e do “mau feitio” dos muito poucos que fazem o mundo avançar. Maria Teresa Horta morreu, deixando um legado inigualável na literatura, no ativismo e na defesa intransigente da liberdade.