Uma das mais aguardadas exposições abriu as portas já com um recorde de bilheteira. Os primeiros dias já se encontram mais do que esgotados. O difícil está mesmo em conseguir um bilhete de entrada, mas nada é impossível e as filas de espera valerão certamente a pena.
A verdade é que o espaço para esta exposição não poderia ter sido mais bem escolhido, já que o próprio criador chegou a comentar que sonhava um dia passar uma noite dentro do Victoria&Albert Museum .
Ao todo são 10 salas dedicadas a Alexander McQueen que podem ser exploradas até à exaustão. São 244 os vestidos e peças da autoria do criador, desde a sua primeira coleção de 1002 até à última e inacabada de 2010.
A exposição é quase que um ‘regresso a casa’ de Alexander McQueen, sendo que cada secção é apresentada pelas próprias palavras do criador: ‘Londres é o local onde cresci. É onde está o meu coração e onde me inspiro’. E continua: ‘Eu quero ser pioneiro de uma determinada silhueta ou corte, para que quando eu morrer e já cá não estiver as pessoas saibam que o século XXI começou com Alexander McQueen’.
Nas primeiras salas da exposição estão os seus primeiros trabalhos, passando depois para o seu estilo mais Gótico Romântico, Primitivismo Romântico (em que nos brindou com o seu fascínio pelo mundo animal), ou Nacionalismo Romântico (onde é percetível uma explosão de vermelho, através do seu fascínio pela tradição escocesa).
The Cabinet of Curiosities é uma das zonas mais extraordinárias, onde se encontra o famoso vestido branco de algodão pintado a spray amarelo e preto no desfile de primavera-verão 1999. Em redor, encontram-se outras 120 peças e acessórios, incluindo chapéus especialmente criados por Philip Treacy e um vestido feito de cristais Swarovski.
A exposição conta ainda com uma imagem 3D holográfica de Kate Moss (a única coisa que não pode ser fotografada).
Alexander McQueen: Savage Beauty encontra-se em exibição até 2 de agosto. Mais informações em www.vam.ac.uk.
