A ideia inicial era "invadir", de máquina fotográfica em punho, os armários e as casas de pessoas bem conhecidas e relevantes dos universos da moda, da beleza ou do espetáculo (a palavra certa até é tastemakers) de forma a mostrar os espaços íntimos de quem nos inspira. Na chamada era digital, em que se comunica através de imagens e as fronteiras físicas se diluem ao som de um clique, esta ideia ganhou forma, que é como quem diz morada digital em coveteur.com. Neste site criado em 2011, o retrato de cada convidado surge acompanhado de um texto sobre si e das respetivas imagens do seu universo pessoal. O projeto revelou-se um sucesso e rapidamente cresceu sem parar. Agora que o Coveteur reuniu 43 dos seus carismáticos convidados num livro (The Coveteur – Private Spaces, Personal Style), fomos conhecê-lo melhor através de Stephanie Mark, coautora do projeto. Formou-se na Parsons, a famosa escola de arte e design em Nova Iorque, mas decidiu continuar a estudar até ter um diploma em Fashion Marketing. Depois foi assistente de stylists de celebridades e estagiou na edição americana da Elle. Com o bom gosto apurado e o olho treinado lançou-se com Jake Rosenberg (fotógrafo) na aventura do Coveteur, do Canadá para o mundo inteiro.


Quem foi a primeira pessoa a abrir as portas do armário e como a convenceram?
Um dos primeiros closets a que fomos foi o do John Gerhart, que era o diretor criativo da Holt Renfrew na altura [cadeia de lojas de marcas de luxo no Canadá com mais de 170 anos de história]. Fomos ao escritório dele, explicamos a nossa ideia e ele concordou em deixar-nos experimentar!
Quais os armários/casas mais memoráveis?
Uma das viagens que nunca vou esquecer é a minha ida a Paris pela primeira vez com a Chanel. Tive muitos momentos "belisque-me", incluindo as vezes em que conheci ícones da indústria como o John Dempsey e a Patricia Field, mas essa continua a ser uma memória muito importante para mim. O Christian Louboutin e a Cindy Crawford estão ambos, definitivamente, também no topo da lista.
Como surgiu a ideia de lançar agora o projeto em livro?
É algo que sempre quisemos fazer, mas preferimos esperar que a marca estivesse forte antes de começar o projeto. O objetivo do Coveteur sempre foi proporcionar os melhores conteúdos possíveis e um livro seria uma extensão disso.
Como é que passaram de um blogue a uma empresa?
Quando começámos o conteúdo era estritamente closets. Mas, ao longo dos anos, tornamo-nos uma empresa de media e lifestyle. Depois dos closets veio a beleza e, a partir daí, começámos a focar-nos mais na moda fora do closet, na saúde e bem-estar, nas viagens e muito mais.
E o que se segue?
Adorava ver o Coveteur a crescer globalmente para uma empresa de media completa com múltiplas plataformas e pontos de venda. Idealmente, adoraríamos expandir a nossa presença digital e encontrar novas formas de interagir com todos os fãs.
O que é preciso para ser Coveteur’d?
As pessoas têm de ter uma história que inspire os outros. E isso pode ser o seu estilo pessoal, a sua carreira, a sua posição num determinado tópico social ou político, entre outros.
Por Carolina Carvalho
Fotografia: Renée Rodenkirchen e Jake Rosenberg
*Originalmente publicado na Revista Máxima, edição nº341

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