Arizona Muse é a musa das famosas sabrinas Chanel
Quem não adoraria umas? Arizona Muse poderíamos ser todas nós.
As icónicas sabrinas Chanel estão ligadas às origens da casa francesa e ao momento em que Gabrielle Chanel se apropriou de códigos masculinos como o casaco em tweed, o pulôver em caxemira, as calças de corte direito ou o look totalmente desportivo. Antevia-se, assim, a entrada deste sapato raso, elegante e confortável no vocabulário da Chanel.
Inspiradas pelo universo da dança e da ginástica, as sabrinas apareceram pela primeira vez na Chanel na coleção de Prêt-à-Porter da primavera-verão de 1984. Karl Lagerfeld, que então dirigia a maison há um ano, inspirou-se no slingback bicolor imaginado por Gabrielle Chanel em 1957. O modelo, uma graciosa sabrina bege ? perfeita para alongar as pernas ? com bico preto ? para encurtar o pé ?, foi usado por Inès de la Fressange e apresentado numa campanha publicitária assinada por Helmut Newton. Proposta nas versões em matelassê (tecido jacquard), ornamentada com correntes trançadas ou camélias ? referências aos motivos icónicos da Chanel. A partir daí, este calçado esteve presente em todas as coleções de Alta-Costura e de Prêt-à-Porter dos anos 80.
Ao longo da década seguinte, mudou de estilo e de cores e, assim como as carteiras, desfilou nas passerelles afirmando-se como um ícone essencial da Chanel. A cada temporada surgia uma nova versão: com laço, tiras, marcada com o duplo C, em cetim de seda, em veludo, renda, tweed, camurça, em couro liso ou envelhecido, metalizada ou envernizada, de uma só cor ou bicolor, mais fechada ou mais aberta, para todos os gostos.
Este ano, é uma das peças protagonistas da coleção de pronto-a-vestir da primavera-verão 2017. Na campanha lançada pela marca, Arizona Muse surge em vários cenários, de carrocéis a parques de skate. Além da versão principal, prateadas com a ponta em preto, surgem também em fúchsia-bordeaux, preto-marinho ou ainda numa versão matelassê, rosa-pó.
Por Rita Silva Avelar
