Celebridades
O Meu lugar secreto: Camané
O Teatro São Luiz recebe Camané, de 9 a 12 de março, mas o músico não vai só. Faz-se acompanhar da Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Num programa que o leva a viajar pela música sul-americana e em particular por alguns tangos (de forma a homenagear a cultura Ibero Americana no ano em que Lisboa é a sua capital) Camané junta-se à Orquestra Metropolitana de Lisboa para quatro dias de música no São Luiz. Por ocasião destes concertos relembramos a rubrica "O Meu Lugar Secreto" que publicámos com o artista na edição 331º da Máxima.
Esquecer-se dele. É isso que Camané faz sempre que sobe ao palco. Tantos anos depois, o que é que mudou? "Houve imensa coisa que mudou. Lembro-me que, no início, tinha imenso medo. Lembro-me dos primeiros concertos que dei quando era mais novo e era uma aflição. Estava sempre à espera que acabassem. Por isso foi bom aprender a esquecer-me de mim. A ter a humildade de me esquecer de mim para não estar centrado nos meus fantasmas. Acho que essa é a única maneira de vencer o medo. E essa foi uma das coisas mais importantes que fiz na vida: subir para cima de um palco e conseguir passar as emoções. Primeiro foi um processo, depois um clique, perceber que eu não interesso para nada, o que importa é o que estou aqui a fazer. Hoje em dia vou para o palco e tenho um prazer enorme porque só estou preocupado com aquilo que estou a dar." Este mês, o fadista atua no Centro Cultural de Belém (nos dias 9 e 10) e no Coliseu do Porto (a 29) para apresentar (sobretudo, mas não só) temas do seu mais recente álbum Infinito Presente, lançado no ano passado.
"Lembro-me que fiquei fascinado por este lugar logo na primeira vez que cá vim. Gosto muito dos sítios antigos que conseguem ter este ambiente vintage confortável, que nos transporta para um lugar diferente. Depois há toda a história do Botequim da Graça, ligado à Natália Correia e muito conhecido pelo espírito de tertúlia. Acho que tudo aqui sugere conversa. Além disso, agrada-me o facto de ser pequeno, de se ver tudo de um lado para o outro da sala, e depois também há esse lado da familiaridade, de as pessoas que frequentam este lugar se conhecerem. Cantei durante muitos anos em casas de fado, agora já não o faço há 18 anos e isso fez com que os meus horários mudassem completamente. Levanto-me cedo e deito-me cedo, saio menos à noite, mas ainda recentemente cá vim e gostei do ambiente, sobretudo por se manter muito próximo e fiel ao que era quando abriu. Gosto particularmente disso em alguns lugares de Lisboa."
Fotografia: Gonçalo F. Santos


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