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Casas de banho escolares não entram nos quadros de honra

São vários os problemas que afastam os alunos das casas de banhos das escolas públicas, entre os quais se contam higiene deficiente ou más instalações. O paradigma tem de mudar.

16 de maio de 2019 às 08:29 Máxima

O parque escolar tem-se modernizado, mas os problemas em alguns espaços permanecem. Um estudo realizado de norte a sul do país mostra que tanto em escolas antigas, como em escolas novas e remodeladas, a qualidade das instalações sanitárias é, hoje ainda, uma preocupação para os pais e um fator de desestabilização para muitos alunos.

Numa avaliação de 0 a 5, a grande maioria das apreciações feitas a estas infraestruturas, no estudo promovido pela marca Domestos, cai em zona negativa, uma tendência que se agrava em escolas do 2º e 3º ciclos, em que o número de alunos dispara. "Os autoclismos são velhos, funcionam mal ou nem funcionam", refere um dos testemunhos compilados na pesquisa. "Não há papel, não há produtos para lavar as mãos, há torneiras que nem funcionam", acrescenta outro.

Manutenção e boas práticas, precisam-se!

Aos equipamentos degradados juntam-se queixas relacionadas com as condições de saneamento e com o número insuficiente de casas de banho, mesmo em escolas novas ou remodeladas, mas que albergam um elevado número de alunos. O estudo apurou que, em média, no 1º ciclo existe uma casa de banho por cada 60 alunos, no 2º ciclo o rácio aumenta para um WC por cada 140 alunos e no 3º ciclo o rácio está nas duas casas de banho por cada 150 alunos. A insistência das queixas de pais e alunos, relativas à manutenção das instalações sanitárias, acompanha os números.

"São 1800 alunos e só fazem uma limpeza ao final do dia depois de eles saírem e não é nenhuma equipa especializada, são as auxiliares, que detestam como é óbvio", destaca outro dos pais citados.


O estudo "Escolas Públicas – Condições de Saneamento e Conservação" revela que há hoje uma noção generalizada do problema e das causas. No que se refere à manutenção e limpeza das instalações sanitárias, que surge como uma das grandes preocupações dos pais, a baixa frequência da limpeza, a escassez de funcionários e a má utilização das instalações pelas crianças e jovens são as justificações mais apontadas e corroboradas também pelos testemunhos.

"A minha filha comentou que muitos meninos não puxam o autoclismo", destaca uma mãe. "Deitam lixo para os mictórios… os equipamentos fazem más descargas, quando fazem…e com lixo lá dentro acabam por não ser suficientes", relata outra.

Mais de metade dos alunos evita a casa de banho da escola

As conclusões apuradas na pesquisa põem em evidência que fazer melhor é uma responsabilidade de todos, com os devidos graus de responsabilidade de cada interlocutor, e também deixam claro que é urgente mudar.

Os inquéritos aos pais identificaram que mais de metade das crianças retraem a vontade de ir à casa de banho (51,7% só usam em último recurso e 6,3% nunca usam) para não terem de frequentar instalações sem papel, muitas vezes sem privacidade ou com mau cheiro, como confirma João Carlos, pai de dois alunos de uma escola da Portela. "Como moramos muito perto da escola, noto que os meus filhos chegam a aguardar pelo final das aulas para irem à casa de banho de casa." Para este pai, a higiene nas casas de banho do liceu é aceitável, mas como a frequência é inferior ao desejável "o aspeto nem sempre é o melhor e os alunos ficam pouco agradados com a sua utilização".

Adiar por horas uma ida à casa de banho pode potenciar problemas renais, prisão de ventre ou ter mesmo impacto na capacidade de concentração dos alunos e no bem-estar no dia a dia. Nas zonas urbanas e em escolas do 2º e 3º ciclos é onde mais crianças adiam as idas ao WC. Em média, só cerca de um terço destes alunos vai à casa de banho sempre que tem vontade.

Vale a pena lembrar ainda que a má higiene destes espaços, por falta de limpeza ou limpeza com produtos não adequados, como também relatam muitos pais, é também um rastilho para a disseminação de infeções urinárias, viroses, diarreias, problemas de pele, entre outros.

Combater este problema é um dever de todos nós e, no terreno, há também iniciativas que podem ajudar a acelerar a mudança que se verifica tão necessária. O destaque vai para o projeto Domestos nas Escolas, onde a marca procura fomentar boas práticas na utilização das casas de banho. o projeto tem também a decorrer um passatempo no qual alunos, pais ou funcionários escolares podem participar. Basta candidatar uma escola pública (do 2º ou 3º ciclo) com o intuito de que venha a ser alvo de uma intervenção para melhorar as condições de limpeza e segurança das suas casas de banho.