Coronavírus. Quais os riscos de contaminação no ginásio?
Superfícies de contacto frequente, como halteres e botões das passadeiras e bicicletas podem representar um problema num período de surto. Saiba como proteger-se.
Antes de inventar quaisquer desculpas para não ir ao ginásio – nós sabemos o quão tentador pode ser ficar no sofá e ver o novo episódio de uma série – é possível manter o ritmo de treino num cenário de medo por contaminação por coronavírus.
Como em qualquer sítio confinado, existem riscos de transmissão durante o treino. "Talvez esse seja um momento para ser mais cauteloso com todos os tipos de exposição, incluindo o ginásio", disse ao The New York Times David Thomas, professor de medicina e diretor da Divisão de Doenças Infeciosas da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, no estado de Maryland, nos Estados Unidos da América. Contudo, o mesmo reitera que o suor não pode transmitir o vírus. Ou seja, não há motivo para pânico.

Existe um risco menor de pegar o coronavírus no ginásio do que num centro religioso, por exemplo, onde geralmente se apertam as mãos e existe uma maior proximidade a terceiros.
Os investigadores continuam a tentar descobrir como o vírus Covid-19 se espalha exatamente, mas já se sabe – através do estudo de outros coronavírus – que este permanece em metal, vidro e plástico durante até nove dias. Dito isto, é importante evitar superfícies de alto contato, que no ginásio vão desde halteres aos botões de comando das passadeiras e bicicletas ergonómicas, áreas frequentemente manuseadas. O perigo é o mesmo dos botões de elevadores e maçanetas das portas, locais que são constantemente tocados pelas mãos e contém maior probabilidade de ter vírus pelo mesmo motivo.
O que deve ser feito para não deixar de ir ao ginásio é o que deve ser feito sempre, independentemente da epidemia do coronavírus. Ou seja, desinfetar todas as áreas com quais terá contato e repetir a higienização após o uso das facilidades com aqueles frascos de spray de limpeza das máquinas, tapete e equipamentos. Num período de preocupação global tão grande, converse com os responsáveis pelo centro de treino para solicitar uma circulação de ar constante no espaço e uma rotina de limpeza realizada mais vezes. O mesmo vale para todos os ambiente que frequenta na sua rotina, desde o local de trabalho a um workshop.

Para garantir uma desinfeção eficiente, tenha em mente que as soluções diluídas domésticas e as soluções alcoólicas devem ter pelo menos 70% de álcool. Além da higienização das superfícies com frequência, é recomendável que lave as mãos com frequência e não toque no rosto. Se se sentir doente, fique em casa.

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