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Beleza / Produtos

Maquilhagem perfeita das 8h às 23h? Conheça o spray mágico

Num universo em que as rotinas mudam e as tendências oscilam, há um produto que nunca falha: o MAC Fix+. Discreto mas decisivo, mantém a maquilhagem impecável horas a fio e acompanha-me desde os primeiros tutoriais de YouTube até hoje.

 Yasmeen Ghauri nos bastidores durante o desfile Chloé Ready to Wear Primavera/Verão 1996
 Yasmeen Ghauri nos bastidores durante o desfile Chloé Ready to Wear Primavera/Verão 1996 Foto: Getty Images
26 de dezembro de 2025 às 09:00 Safiya Ayoob

Há produtos que entram na nossa vida de forma quase discreta e, sem darmos por isso, tornam-se parte da nossa rotina, da nossa linguagem estética e até da nossa memória afetiva. Para mim, o MAC Fix+ é um desses raros casos e uso a palavra “icónico" com toda a ponderação que ela exige. Foi, afinal, um dos primeiros produtos de maquilhagem que desejei genuinamente, muito antes de o ter. Lembro-me nitidamente da época em que passava horas a ver tutoriais no YouTube, entre 2015 e 2016, quando a cultura dos gurus internacionais de maquilhagem - sobretudo as norte-americanas - estava no auge. Todas elas, sem exceção, pareciam ter este frasco translúcido sempre ao alcance da mão. Havia quase um ritual cinematográfico no momento em que vaporizaram o rosto: um gesto simples, mas que prometia transformar a maquilhagem.

 Yasmeen Ghauri nos bastidores durante o desfile Chloé Ready to Wear Primavera/Verão 1996
O MAC Fix+ garante uma maquilhagem impecável por horas Foto:

Quando finalmente comprei o Fix+ pela primeira vez, senti que segurava um objeto de desejo. E, mais do que isso, que estava a entrar noutro capítulo da minha vida de beleza. A promessa do produto cumpriu-se: a textura fina, quase impercetível; o brilho saudável; a forma como tudo assentava melhor - bases, iluminadores e até pós. Era como se a maquilhagem ganhasse vida.

Com o passar dos anos, experimentei outros fixadores, outras brumas, outros truques. A indústria mudou, o vocabulário de beleza transformou-se: saímos da era das maquilhagens densas e estruturadas, tão celebradas em 2016, para uma estética mais leve, natural e clean. Mas, curiosamente, o Fix+ permaneceu. Tornou-se uma presença estável, uma espécie de bússola num universo em constante mutação.

Volto sempre a ele. É inevitável. Talvez porque representa algo que, no fundo, procuro em toda a rotina de beleza: confiança. Sei que, se o meu dia começa às oito da manhã e só termina perto das onze da noite - e há muitos dias assim - a maquilhagem mantém-se intacta. O blush, que dizem ser sempre o primeiro a desaparecer, ainda está lá. A pele continua composta, o brilho mantém-se no lugar certo, sem excessos. Não uso primer, nunca me identifiquei com essa etapa, e por isso o fixador tornou-se a minha peça-chave: uma primeira e última camada invisível que segura tudo sem se impor.

Também há algo profundamente pessoal neste gesto repetido. Talvez porque me acompanhou em tantas fases - eventos, viagens, dias comuns, rotinas rápidas, momentos especiais. Talvez porque sobreviveu às tendências, aos ciclos de consumo, às novas fórmulas “milagrosas” que aparecem a cada estação. Ou porque, no meio de todo esse ruído, o Fix+ provou ser aquilo que muitos prometem ser: constante.

A verdade é que nem todos os produtos resistem ao tempo, à comparação e ao nosso próprio amadurecimento. Só alguns - não por nostalgia, mas por mérito. E o Fix+ é um desses raros clássicos contemporâneos. Um produto que cresceu comigo, que evoluiu com a indústria, que se adaptou às novas exigências e que continua a cumprir a mesma função essencial: fazer com que a maquilhagem se mantenha fiel a nós até ao final do dia.

Talvez seja esse o seu verdadeiro poder. Não transformar, não dramatizar, não impor-se. Apenas garantir que tudo aquilo que fazemos com cuidado - a base bem espalhada, a sombra escolhida ao detalhe, o blush que dá vida ao rosto - permanece no lugar certo.

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