Máxima apresenta livro "Histórias de Amor Moderno" na Casa do Comum
Apresentado por Francisco Penim, com leituras de Tiago Manaia, e uma breve apresentação da equipa da Máxima, o livro já está nas livrarias por todo o País. Veja as imagens do lançamento e leia a carta da autora, Maria Olívia Sebastião.
No passado dia 12 de setembro, a Máxima reuniu leitores, amigos e colaboradores da Medialivre para o lançamento do livro Histórias de Amor Moderno, uma compilação dos contos publicados na Máxima ao longo de mais de um ano, por Maria Olívia Sebastião.
A autora, que não assume a identidade, deixou uma carta aberta a todos os presentes, que a Máxima aqui republica. O livro, editado pela Oficina do Livro (Leya), está nas livrarias por todo o País. Vídeo por Bernardo Franco.

Carta da Maria Olívia
Agora que tenho nas mãos este objeto inteiro, olho para ele com algum cuidado. Juntar todas estas histórias comporta os seus riscos. Elas foram escritas isoladamente, cada uma tem a sua individualidade, a sua origem, o seu perfil e os seus traços. Pô-las todas juntas e de seguida pode fazer pensar que são todas semelhantes. Não são.
Aproveito para esclarecer como acontece surgir cada história, à cadência de uma por semana. Todas elas são contos que eu escrevo a partir das histórias que me chegam. Algumas, são partilhadas comigo por leitoras que me enviam emails contando aventuras e desabafos. Pego naquilo que me revelam - normalmente em formato reduzido, resumindo tudo em poucos parágrafos - e romantizo, acrescento, desbravo, distorço e, por fim, concretizo. De entre estas, encontram-se algumas das mais violentas (lembro-me logo da terrível história do Baleal), mas também das mais desempoeiradas e empoderadas.

Chegam-me muitas deste último género. Contudo, pegar em todas para as reescrever e publicar seria arriscar-me a entrar no universo das 50 Sombras de Grey ou de O Sexo e a Cidade. As Histórias de Amor Moderno não são isso, ou, melhor, são muito mais do que apenas isso: o amor tem muitos contornos e oscilações, luzes e sombras, desafios e recompensas, e tudo o que existe pelo meio, já que não se pode reduzi-lo a uma circunstância que resulta do conflito entre dois extremos.
Há histórias que fui buscar à minha vida, às pessoas que conheço, a outras com quem simplesmente me cruzei ou de quem somente ouvi falar. Histórias chegaram até mim porque li algures o caso de não sei quem que fez não sei o quê, o que me fez deambular pela imaginação e criar detalhes que a história original não possuía. Sim, porque estas Histórias são feitas dos detalhes, e esses são responsabilidade minha. É neles que a realidade se esgota - ou será que se esgota mesmo? - e a fantasia começa. Por exemplo, só uma personagem em todo o livro mantém o seu nome verdadeiro. Decide mantê-lo como homenagem a essa pessoa.
Há ainda uma história inédita, mas nem por isso menos verdadeira do que as outras. Pelo contrário: esta eu conheço bem de perto e com todos os detalhes. É A Vida B, que nunca foi publicada no site da Máxima, e que escrevi com todo o meu amor e todo o meu reconhecimento por alguém que me é tão próximo e a quem tanto devo.

Volto ao começo desta mensagem, em que falava dos perigos de juntar todas as histórias, como se elas fossem parte de um todo, ao invés de serem aquilo que são, de facto: contos que nasceram a partir das singularidades da vida comum, só para usar a expressão que ilustra a capa como subtítulo. Deve ser lido com vagar e parcimónia, para que as singularidades não se diluam e a vida comum nunca pareça banal.
Boas leituras.

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