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Landing.Careers Festival

Arranca hoje a 3.ª edição do maior evento dedicado a carreiras em tecnologia da Europa.

02 de junho de 2017 às 16:54 Ângela Mata
O Landing Careers Festival vai decorrer nos dias 2 e 3 de junho, no Pavilhão de Portugal, em Lisboa.O evento contará com a presença e contributos de 1500 profissionais da área, 60 empresas e 30 oradores. Mais do que ajudar os visitantes a procurar o próximo emprego, o foco da edição deste ano está em potenciar e contribuir para o desenvolvimento das carreiras na área da tecnologia.
Falámos, em exclusivo, com Andreia Silva, Head of Operations da Landing.jobs, para nos dar uma visão abrangente do evento e do panorama atual da área das tecnologias.

Em primeiro lugar, o que é a Landing.jobs? 

A Landing.jobs é uma plataforma que junta profissionais de tecnologias com empresas europeias, comprometida em melhorar a forma como o recrutamento tech é feito. Ajudamos profissionais de tecnologias que procuram o próximo passo que lhes permita evoluir na sua carreira, disponibilizando ferramentas, informação e aconselhamento. Distinguimo-nos das agências de recrutamento tradicionais pela preocupação com o crescimento, feedback e acompanhamento dos candidatos, com o ónus em desenvolver relações de longo prazo.

Como surgiu a ideia de criarem o Landing Careers Festival?

Em 2015, a Landing.jobs contava já com uma comunidade bastante considerável de profissionais tech e de empresas. Mesmo com os vários processos que íamos promovendo, sentimos que seríamos capazes de mais e de criar mais oportunidades. E fizemo-lo. Juntámos uma série de experts da nossa comunidade que partilharam o seu conhecimento, lançámos uma sardinha para o espaço e fizemos um evento diferente de tudo o resto.
Em 2016, fizemos ainda melhor e, em 2017, não se poderia esperar menos. Ao mesmo tempo, nos últimos anos temos vindo a "matutar" sobre o conceito de carreiras – o quão importante é e o quão pouco conscientes sobre elas os profissionais ainda estão. Decidimos então elevar a barra do anterior Landing.jobs Festival e criar o Landing Careers Festival, onde o foco são as carreiras e não apenas empregos.

Quais as novidades nesta 3.ª edição?

O termo carreiras é central nesta edição. Queremos criar várias oportunidades para que a nossa comunidade possa debater e aprender sobre carreiras. Queremos formar as pessoas sobre a necessidade de estarmos conscientes do nosso valor e pontos a melhorar, das nossas preferências e motivações e dar-lhes ferramentas para conseguirem planear o futuro.
Este ano criámos o conceito de Expert Sessions, onde convidámos uma série de profissionais experientes para partilharem conhecimento e opiniões em conversas 1:1 com os nossos participantes. Planeámos workshops, cuja maioria serve o propósito de planear carreiras, perceber o que o mercado oferece, o que cada profissional oferece e como fazer crescer o seu valor ou mesmo descobrir qual o caminho que pode levar a uma vida profissional bem-sucedida.
Ao mesmo tempo, o Festival continua maior e melhor – com mais participantes, mais empresas selecionadas, com speakers de renome a nível internacional e com os nossos já típicos barcos. Fica o convite para passarem pelo Pavilhão de Portugal, caso queiram conhecer todas as novidades. 

Existe cada vez mais procura de emprego na área das tecnologias?

O desemprego em muitas áreas tem levado ao reskilling de muitos profissionais. A área das tecnologias é das poucas sem desemprego, onde existem mais oportunidades disponíveis no mercado do que profissionais para as preencher. Assim sendo, é natural que muitas pessoas optem por trocar as suas áreas de especialização pela área das tecnologias.
O facto anterior é também uma das razões pela qual os cargos na área são bastante bem remunerados, reforçando a procura de emprego.
Ao mesmo tempo, dada esta grande competitividade das empresas por talento tech, há uma grande rotatividade de profissionais no mercado. O turnover em tecnologias é de 20%, ou seja, uma em cada cinco pessoas muda de emprego anualmente. Todos estes pontos levam a que haja uma grande procura de empregos na área das tecnologias.

E, por parte dos empregadores, quais são os principais requisitos?

Sendo empregos especializados, os requisitos passam muito pelas competências técnicas necessárias à função. Algo que temos vindo a notar há já algum tempo é uma mudança de mentalidade, até em algumas grandes empresas. As empresas contratam com maior foco em soft skills e motivação, sendo estas quase tão importantes como as hard skills. Hoje em dia, uma empresa tem a preocupação de contratar pessoas que se sintam próximas da sua missão, valores e apaixonadas pelo produto ou serviço. Ao mesmo tempo, procuram profissionais que consigam ajudar a crescer o negócio com proatividade, que sejam capazes de trabalhar em equipa ou que sigam um estilo de gestão alinhado com a cultura da empresa, por exemplo.
Algo que tentamos fazer na Landing.jobs é também este "match" para assegurar que os profissionais que ajudamos estão também conscientes destes pontos. Acreditamos que é igualmente importante para o profissional que os valores e missão da empresa reflitam os seus próprios.

Quais as empresas Top nesta área (nacionais ou internacionais) que maiores ofertas de emprego disponibilizam?

A Landing.jobs felizmente trabalha com imensas empresas Top, sejam elas por terem um crescimento muito saudável, quer por tentarem promover melhores práticas de recrutamento, ou por serem genuinamente dedicadas ao bem-estar e desenvolvimento dos seus colaboradores. É algo de que nos orgulhamos. A Sky é uma dessas empresas; tem crescido imenso em Portugal, tem uma cultura muito interessante e atrativa a profissionais tech e oferece excelentes condições de trabalho. Ao mesmo tempo, temos a Portuguesa Farfetch, que está a crescer em Lisboa e tem várias oportunidades em aberto para este recente escritório.

A que se deve esta crescente procura?

O mundo que nos rodeia está a mudar e a digitalizar-se. Se há 20 anos ir ao supermercado era algo comum, onde o mais digital que se observava eram as máquinas registadoras, hoje em dia conseguimos fazer as compras do mês apenas com o telemóvel, no conforto do nosso sofá. A forma como interagimos uns com os outros e com o ambiente que nos rodeia está a mudar. Isso significa que pessoas e empresas têm de fazer um trabalho neste sentido de digitalização e muitas das funções necessárias são efetivamente de cariz tecnológico. Por outro lado, hoje em dia, com a globalização, a quantidade de dados e informação que é precisa para gerir um negócio e com os vários canais online de acesso a audiências, todos os negócios requerem algum conhecimento e funções tecnológicas.  

Portugal já se encontra ao mesmo nível de outros países, no que toca à presença cada vez maior das tecnologias?

Portugal está extremamente bem posicionado. Temos uma população bastante aberta e uma boa adoção de tecnologia, temos profissionais tech altamente qualificados que são cobiçados (e muitas vezes recrutados) por empresas pelo mundo fora, temos centros de desenvolvimento reconhecidos a nível internacional, temos exemplos de sucessos tecnológicos como a Feedzai ou a OutSystems e atraímos cada vez mais empresas e investimento estrangeiro pelas excelentes condições que aqui temos, em parte infraestrutura tecnológica.

Existe muita procura por parte de mulheres nesta área? Como vê essa evolução ao longo dos últimos anos?

Sim, existe. O mundo das tecnologias ainda é um mundo maioritariamente masculino. Não que as empresas assim o queiram, mas simplesmente porque grande parte do talento formado em tecnologias é, à data, masculino. A maioria das empresas não faz, hoje em dia, distinção de um funcionário masculino ou feminino. Muitas empresas, para aumentar a diversidade nas suas equipas e trazer skills que são mais comuns em mulheres, tentam até recrutar talento feminino. Temos exemplos na Landing.jobs de mulheres que em menos de 24 horas depois de nos contactarem com a decisão de que estavam prontas para mudar de emprego, já tinham recebido e aceitado uma nova proposta.
O estigma de que a programação é um trabalho de homens já não existe e vemos crescentemente mais mulheres em tech. Vemos cada vez mais debates sobre "women in tech", eventos, comunidades a serem criadas para fomentar partilha e integração, etc. Estamos no bom caminho e as tecnologias recomendam-se às mulheres.

Devemos começar a pensar no futuro hoje?

Sem dúvida. Com o mundo a mudar de épocas em que havia profissionais com carreiras de 40 anos na mesma empresa para tempos em que há uma média de 4 empregadores antes dos 32 anos de idade, é necessário olhar à forma como escolhemos os passos que damos.
À data, os nossos empregos são fonte de felicidade, mais que de sustento, e esta mudança leva a uma maior exigência para com os nossos trabalhos. Sermos mais conscientes do que nos motiva e faz feliz é um dos primeiros passos para podermos planear o futuro e darmos os passos certos.
Muitas pessoas ainda mudam de emprego motivadas por insatisfação. Isto não deveria acontecer. O nosso futuro não deveria ser reativo mas sim algo que procuramos proativamente por ser o que queremos e o que nos faz sentido. Daí a Landing.jobs apostar cada vez mais em consciencializar as pessoas para o tema de carreiras e estar continuamente a criar ferramentas que permitam aos profissionais analisar o presente e planear o futuro. O Landing Careers Festival é uma delas.

Para saber mais sobre o evento, clique aqui!

Ângela Mata

 

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