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Mariana Ricardo e Francisca Cortesão: este ano as Guitarras (ao Alto) são delas

É já entre os dias 30 de maio e 3 de junho que o Alentejo volta a ser palco de mais uma edição do festival português. A Máxima falou com as artistas convidadas.

Foto: Vera Marmelo
29 de maio de 2018 às 16:00 Pureza Fleming

Mariana Ricardo e Francisca Cortesão são as guitarristas que vão dar música à 4.ª edição do festival Guitarras ao Alto, que é também a primeira edição no feminino. O evento reúne, todos os anos, duplas de alguns dos melhores guitarristas nacionais, organizando concertos em diferentes cidades alentejanas. A iniciativa pretende dinamizar esta região, assim como promover a cultura nacional. Este ano, o programa conta com uma série de cinco espetáculos itinerantes: Estremoz - Convento das Maltezas/Centro Ciência Viva (30 de maio); Avis - Claustro do Convento de S. Bento de Avis (31 de maio); Beirã/Marvão - Antiga estação de comboios da Beirã-Marvão, em parceria com a guest houseTrain Spot (1 de junho); Redondo - Herdade de São Miguel, em casa do patrocinador oficial do evento, vinhos Herdade de São Miguel (2 de junho); Crato - Pousada Flor da Rosa (3 de junho). Nas edições anteriores, o Guitarras ao Alto contou com as participações de Peixe, Frankie Chavez, Tó Trips, Filho da Mãe, Norberto Lobo e Luís Martins. Aproveitámos para dois dedos de conversa com as artistas convidadas.

Dizem, no vídeo de apresentação do projeto, que não são "propriamente guitarristas", mas ambas tocam guitarra. O que veio primeiro: a guitarra ou o canto?

Mariana Ricardo: Na verdade, o que veio primeiro foi a música, sem instrumento(s) específico(s).

Francisca Cortesão: Canto desde que me lembro, só comecei a tocar guitarra aos dez anos.

A música esteve sempre presente nas vossas vidas? Ou houve antes outros sonhos e projetos?

Mariana Ricardo: A música esteve sempre presente, sim. Mesmo antes de haver sonhos e projetos.

Como se conheceram e como nasceu o projeto They’re Heading West?

Francisca Cortesão: Convidei a Mariana para tocar comigo nos primórdios daquilo que era o meu projeto a solo, Minta. Foi nos idos de 2009 e todos os discos de Minta & The Brook Trout desde então foram produzidos pelas duas. Conhecia bem o trabalho da Mariana, daí o convite.

Os They’re Heading West surgiram pouco depois, em 2011, da ideia de juntarmos três escritores de canções – eu, a Mariana e o João Correia (que tinha formado os Julie & The Carjackers há relativamente pouco tempo e que lança também canções como Tape Junk) – e um baterista que os três admirávamos muito, o Sérgio Nascimento, para tocarmos as músicas uns dos outros em formato portátil, com o objetivo de fazer uma digressão pela Costa Oeste da América do Norte. Entretanto, fomos aos EUA duas vezes, demos mais de 50 concertos com convidados diferentes em Lisboa e lançámos um disco com alguns deles, em 2015.

Quais as vossas maiores inspirações no universo musical?

Francisca Cortesão: Já que a entrevista é a propósito do Guitarras ao Alto, vou limitar-me a alguns dos meus compositores/intérpretes favoritos que (também) são guitarristas: Nick Drake, Elliott Smith, Norberto Lobo, Laura Veirs, Carlos Paredes, Michael Hurley.

A Francisca é cantora, compositora e multi-instrumentista e a Mariana divide-se entre a música independente e o cinema. Este fator multitasking que caracteriza ambas é pura vontade ou antes uma necessidade?

Francisca Cortesão: Tenho a sorte e o privilégio de ter descoberto muito cedo as coisas que gosto de fazer – entre as quais se contam cantar, compor e tocar – e de passar muito do meu tempo a fazê-las.  

Esta é a primeira edição do Guitarras ao Alto no feminino. Consideram que esta novidade é uma continuação do movimento feminista que marcou os últimos tempos ou trata-se de mera coincidência?

Mariana Ricardo: Nada contra o feminismo, mas acho que é só coincidência.

Independentemente de tudo, mulheres na guitarra ainda é uma minoria, certo?

Mariana Ricardo: Certo.

A Francisca é do Porto e a Mariana de Lisboa. O que significa rumar ao Alentejo e que público esperam encontrar?

Francisca Cortesão: É um prazer rumar ao Alentejo, onde temos tido poucas vezes a oportunidade de tocar e onde, para mim, há ainda muitos sítios por descobrir. E é uma honra ter-nos sido ‘entregue’ a edição deste ano do Guitarras ao Alto, tendo em conta os guitarristas que fizeram parte das edições anteriores, que são todos magníficos. Tenho muita curiosidade para conhecer os locais onde vamos tocar – aguçada pelas fotografias dos outros anos – e por ver quem aparecerá por lá.  

Bilhetes à venda no website do evento e na página oficial de Facebook.

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