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Conheça Jeremy O. Harrys, a nova sensação da Broadway

O jovem dramaturgo de 29 anos foi aclamado pela crítica na sua peça de estreia 'Slave Play'.

Foto: Gary Gershoff/Getty Images
30 de abril de 2019 às 19:26 Camila Lamartine

Negro, homossexual, filho de mãe solteira, o norte-americano Jeremy O. Harrys cresceu em Martinsville, Virgínia, e chegou à Universidade DePaul, em Chicago, – depois de grandes esforços da mãe, almejando ser ator. Mesmo com peças que admirava, com bons personagens e boas histórias, foi difícil encontrar algo que fugisse do tradicional: papéis heterossexuais interpretados por pessoas brancas. Foi então que decidiu escrever e pôr essa representatividade no papel e no palco.

Ano passado, estreou-se em Nova Iorque, no New York Theatre, com a peça Slave Play, que teve a atenção e a receção sonhada por qualquer argumentador, ainda mais um como Harrys, que tem 29 anos e ainda está a estudar na Yale School of Drama, em Connecticut. A história da peça, encenada numa plantação de algodão nos Estados Unidos da América, explora raça e sexo com uma reviravolta impressionante. No desenrolar da narrativa, pede-se aos espetadores – mais especificamente aqueles que são heterossexuais e brancos – que reflitam sobre os seus privilégios.

Após o rápido sucesso, estreou em março outra peça, Daddy, uma produção deslumbrante estrelada pelo ator escocês Alan Cumming, que conta a história de um jovem artista negro e gay que enxerga num homem branco rico e colecionador de arte a "saída" para os seus problemas. "Ficou muito divertido associar uma espécie de regressão psíquica negra à brancura", disse Harrys à GQ norte-americana. 

Sua inspiração vem da música, da arte e da moda, e para ele "ter esse tipo de pessoa no teatro é melhor do que ter outra pessoa branca idosa". A intenção do dramaturgo, que não se propôs a ser de facto um, é excitar seus espetadores, causar algo forte neles. Um pouco de sátira, um pouco de gozação, até um aspeto inflexível, mas sem dúvidas um olhar humano sobre os traumas, feridas, e claro, sobre a vida.

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