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All or Nothing

 Com um novo CD acabado de lançar e um exótico duplex em Hollywood, Cher prova que os 67 são os novos 20. A Máxima aceitou a viagem de tapete voador e conversou com Martin Lawrence-Bullard, responsável pela decoração deste espaço. 

All or Nothing
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09 de janeiro de 2014 às 07:00 Máxima

Palcos dramáticos, um guarda-roupa espampanante assinado por Bob Mackie e uma estante onde figuram mais de 250 prémios, entre eles Óscares e Grammy Awards. Apesar do seu nome só se escrever com quatro letras, Cher é uma mulher que pensa sempre em grande. Muito grande. Naturalmente, ao longo dos anos, esta exuberância traduziu-se também nas casas onde a artista residiu, fotografadas pelas mais conceituadas revistas de design do mundo. Uma mansão em Malibu ao estilo renascentista, cujos sofás foram forrados com padrão de leopardo? Sim, very Cher. Um triplex em Nova Iorque onde tudo é branco e futurista? Porque não?

Depois de vários anos a contar com o apoio do seu amigo e decorador de longa data Ron Wilson, que desenhou 19 das casas da artista e faleceu em 2011, quando Cher adquiriu um duplex na exclusiva zona oeste de Hollywood, recorreu aos serviços de Martin Lawrence-Bullard, um dos designers-estrela de Los Angeles, conhecido pela sua lista de clientes que inclui celebridades como Rebecca Romijn, Christina Aguilera ou Eva Mendes. E o briefing não podia ter sido mais claro. “A Cher viveu sempre no palco desde os seus 17 anos. Quando me pediu para decorar o seu pied-à-terre em Hollywood, apercebi-me rapidamente que desenvolver este fantástico projeto não seria uma remodelação igual às outras”, avança Lawrence-Bullard à Máxima. “A palavra-chave foi fantasia, mais exatamente uma fantasia indiana. A Cher queria uma casa digna de uma princesa turca ou de uma mulher de um marajá. Disse-me: ‘Gosto de tudo o que é exótico, zen, oriental e mágico, babe.’” Apesar de Cher ser conhecida por dar preferência aos interiores exuberantes e góticos, segundo o decorador esta mudança de mood resultou do crescente interesse da cantora e atriz pelo budismo e pela meditação.

Para melhor responder ao desafio da sua cliente, Lawrence-Bullard começou por eliminar as doze divisões que repartiam a área de 370 metros quadrados, criando apenas duas grandes zonas, ligadas por uma escada de caracol. Em entrevista à revista Architectural Digest, Cher confessou que sempre quis um apartamento com um grande quarto porque “quando vivia com Sonny, só tinha mesmo dinheiro para um quarto”.

Depois, o apartamento foi recheado com elaborados objetos provenientes de palácios da Índia, Tibete, Turquia, Sri Lanka, China, Indonésia, Marrocos e Síria. O ponto de partida para a decoração e a primeira compra do decorador foi uma mesa do século XIX em bambu, com uma divindade hindu pintada. “Esta pequena obra de arte inspirou toda a paleta de cores composta por cremes, castanho ‘mancha de chá’, marfim, chocolate, bronze e alguns toques de cor de uva.” Depois, seguiu-se a compra da espetacular arcada em madeira que se tornou a cabeceira da cama do quarto principal (“consegui criar nesse instante a magia que Cher desejava”), onde a única coisa que compete com a beleza dos exóticos objetos espalhados aqui e ali é a paisagem a perder de vista entre Malibu e Hollywood.

Apesar do projeto ter ficado nas mãos de um dos decoradores mais experientes e bem-sucedidos do mercado, este revela que Cher esteve presente na tomada de todas as grandes decisões. Tanto que algumas peças, como o majestoso sofá em L que se destaca na sala de estar, foram desenhadas por encomenda para responder ao gosto da cantora, que diz preferir sentar-se no chão do que num sofá estreito. Mesmo assim, ainda houve espaço para surpresas e nem a controladora cliente poderia esperar a beleza e harmonia do resultado final. “Revelámos o projeto terminado numa festa de aniversário organizada por alguns dos seus melhores amigos, onde estava eu, a designer de joias Loree Rodkin e os designers Richard e Laurie Lynn Stark”, recorda Martin Lawrence-Bullard. “Havia comida indiana picante, empregados em tronco nu e de turbantes e 300 velas de todos os feitios que possa imaginar. Foi uma noite verdadeiramente oriental para receber o ícone mais exótico de Hollywood na sua mágica casa nova.”

 

GETTY IMAGENS 

All or Nothing
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Zona de estar do quarto de Cher. A mesa foi desenhada por encomenda, de forma a ser semelhante à mesa de jantar de Doris Duke, no Shangri La. Os sofás, revestidos em seda, foram desenhados por Martin Lawrence-Bullard. Na parede pende uma tapeçaria birmanesa do final do século XIV, em lã, com fio de ouro.
2 de 6 / Zona de estar do quarto de Cher. A mesa foi desenhada por encomenda, de forma a ser semelhante à mesa de jantar de Doris Duke, no Shangri La. Os sofás, revestidos em seda, foram desenhados por Martin Lawrence-Bullard. Na parede pende uma tapeçaria birmanesa do final do século XIV, em lã, com fio de ouro.
Vista do terraço da sala. Em cima da mesa, caixas de especiarias completam a decoração.
3 de 6 / Vista do terraço da sala. Em cima da mesa, caixas de especiarias completam a decoração.
Tem uma carreira com altos e baixos, mas é também na sua vida pessoal que Cher mostra que é uma mulher de armas. Além dos seus maridos, filhos e pai terem problemas de adição a drogas, Cher apoiou a sua filha Chastity Sun Bono quando ela decidiu iniciar uma polémica e mediática mudança de sexo. ?Se eu acordasse amanhã no corpo de um homem choraria e gritaria porque não me consigo ver sem ser como sou: uma rapariga?, disse a cantora à Vanity Fair. ?Não lidaria tão bem com o assunto como fez Chaz.?
4 de 6 / Tem uma carreira com altos e baixos, mas é também na sua vida pessoal que Cher mostra que é uma mulher de armas. Além dos seus maridos, filhos e pai terem problemas de adição a drogas, Cher apoiou a sua filha Chastity Sun Bono quando ela decidiu iniciar uma polémica e mediática mudança de sexo. ?Se eu acordasse amanhã no corpo de um homem choraria e gritaria porque não me consigo ver sem ser como sou: uma rapariga?, disse a cantora à Vanity Fair. ?Não lidaria tão bem com o assunto como fez Chaz.?
Casa de banho com painéis em pedra do século XVIII, retirados de um palácio no Rajasthan. Os armários são da autoria do decorador e as cadeiras da Síria.
5 de 6 / Casa de banho com painéis em pedra do século XVIII, retirados de um palácio no Rajasthan. Os armários são da autoria do decorador e as cadeiras da Síria.
A cama e a cabeceira foram construídas com fragmentos de madeira recuperados de um palácio. As lanternas vieram de Marraquexe e os armários do século XIX ostentam embutidos em marfim.
6 de 6 / A cama e a cabeceira foram construídas com fragmentos de madeira recuperados de um palácio. As lanternas vieram de Marraquexe e os armários do século XIX ostentam embutidos em marfim.
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