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A Pipoca Mais... Fit!

Dizia-se letárgica e totalmente avessa a tudo o que fosse prática desportiva. Ana Garcia Martins, autora do blogue A Pipoca Mais Doce, conta-nos, na primeira pessoa, como passou a dar corda aos sapatos.

06 de junho de 2016 às 07:00 Máxima
"Sempre fui aquela pessoa que, nas aulas de Educação Física, nunca era escolhida; ficava sempre a um canto porque, de facto, nunca tive a mínima aptidão, o mínimo talento e a mínima vontade para o desporto. Entrei naquela fase, que quase toda a gente passa, de me inscrever em ginásios e não pôr lá os pés. Isto foi-me acompanhando ao longo da vida, sempre sem sentir essa paixão e, sobretudo, essa necessidade. Até ter sido mãe aos 32 anos e aí perceber, com o corpo mudado, que tinha de começar a fazer algo por mim, não só fisicamente mas também pelo lado de saúde mental que o desporto proporciona. Arranjei então um personal trainer, fui ter com ele em março de 2014 e disse-lhe que dali a um mês queria estar a fazer os 10 quilómetros da corrida do Benfica. E assim foi. Acho que o facto de ser casada com um maluco das corridas também ajudou. Nós estamos juntos há oito anos e eu sempre o vi sair da cama às 6 da manhã, motivadíssimo para ir treinar e não percebia como é que ele tinha aquele espírito de sacrifício.
Em forma com glamour

"Atualmente, as mulheres são cada vez mais ativas e multifacetadas, dedicando-se a mil e uma tarefas por dia, incluindo o desporto. Mas queremos ser desportistas sem descurar o lado estético. Por outro lado, também já ligamos muito ao lado funcional e técnico, que nos ajuda a melhorar a nossa performance." Ana Garcia Martins encontrou, por isso, o acessório ideal. Criado pela Swarovski em colaboração com a Misfit, consiste numa pulseira que oferece tecnologia de ponta ao incorporar no icónico cristal da marca um dispositivo para sincronizar com o smartphone através de wireless. A blogger, que já trabalha com a Swarovski há vários anos, considera a peça um "dois-em-um perfeito": "Tem o tal lado prático – não só é um relógio como também monitoriza a nossa atividade diária, ajudando-nos a completar objetivos –, mas funciona igualmente como um acessório, que podemos usar tanto para fazer desporto como em qualquer outra situação."

Entretanto, já fiz duas maratonas. Treinei afincadamente durante um ano e, em outubro de 2015, fiz a primeira, que tinha um cariz solidário associado (porque sempre achei que esta era uma boa forma de me comprometer). Assim, não só me propus correr 42,195 quilómetros como angariar mil euros por cada quilómetro percorrido para doar à Ala Pediátrica do IPO. Consegui acabar a maratona (acabei em 4h30, apesar de achar que ia demorar 8h) e ultrapassar a quantia proposta – entreguei um cheque de 75 mil euros ao IPO. Sempre achei que correr a maratona implicava um esforço e uma dedicação tão grandes que pensei nunca mais querer correr nenhuma, mas a verdade é que, quando se passa a meta, a sensação é tão gratificante que esqueci todo o sacrifício e inscrevi-me logo noutra. Há duas semanas fiz a maratona de Barcelona e já estou a pensar na próxima.

Da primeira vez não estava muito focada na performance ou em tempos, o meu objetivo era apenas acabar e acabar sem lesões. Fui aumentando cada vez mais a minha resistência, para ser capaz de correr mais de 4 horas sem parar, mas ia sem pressões, não queria que fosse uma prova sofrida nem ficar com uma memória dolorosa da experiência. Nesta segunda maratona desleixei-me um pouco com os treinos e entretanto meteu-se o inverno. Já tive mais preguiça em sair da cama de manhã para ir treinar e, por isso, achava que só ia fazer um treino longo, acompanhar os meus amigos durante uns 10/15 quilómetros e, depois, quando sentisse que já não aguentava mais, desistia. A verdade é que fui correndo, ia-me sentindo sempre bem e acabei por conseguir fazer a maratona, mas demorei mais 15 minutos do que na outra.
Agora que já corri duas maratonas e já sei o que isso implica a nível de esforço e de resistência, gostava de começar a melhorar a performance em termos de tempo. O ano passado um dos meus objetivos era conseguir correr 10 quilómetros em menos de uma hora; agora gostava de ir reduzindo tempo nas maratonas. No entanto, isso implica um volume de treino e uma capacidade de dedicação e de sacrifício que eu ainda não sei se tenho. Tenho noção que quanto menos tempo demorar, menor é o sacrifício que é estar tanto tempo a correr e o desgaste que isso provoca no corpo. Embora a velocidade traga, por assim dizer, outros malefícios. Acho que o objetivo agora é fazer a maratona em 4 horas – é um bocadinho ambicioso mas vamos ver...
Acho que o bem-estar mental é, sem dúvida, o melhor benefício que a corrida traz. Aquela hora que eu tiro para mim, em que vou com a minha música e estou sozinha com os meus pensamentos à beira-rio, não tem preço. É um momento muito gratificante: consigo desligar-me do mundo, parar, organizar ideias, pensar no que há para fazer, no que se pode melhorar. É um desporto que pode ser solitário, mas com tudo o que isso tem de bom. A nível físico, também sinto que o meu corpo mudou imenso com a corrida, mais do que com qualquer outra atividade que eu fosse fazendo (desde que comecei a correr, experimentei também outro tipo de treinos, como Muay Thai, zumba e aulas de ginásio).
Agora, estou a retomar o meu plano de treinos. Digo sempre que janeiro e fevereiro são meses de hibernação e depois em março volto a sentir necessidade de fazer mais desporto. Os dias começam a ficar bons e eu volto a sentir vontade de ir para a rua treinar. Neste momento, aproveitei o embalo do treino para a maratona de Barcelona para retomar os treinos e voltar a correr. Tento fazê-lo entre três a cinco vezes por semana, mais ou menos 10 quilómetros, mas depende: se estiver a treinar para uma maratona, aí o plano é mais fechado, mais duro e com treinos maiores. Agora estou a pensar fazer a maratona de Berlim em setembro, portanto daqui a um ou dois meses começarei novamente os treinos. Até porque depois de uma maratona, sente-se sempre necessidade de parar um pouco, é preciso voltar ao zero e recomeçar lentamente. Por isso, o plano agora é esse: faço umas corridas pontualmente, sem nenhuma obrigação, vou retomar os treinos com o meu PT e algumas aulas de ginásio.

Além da pulseira, Ana Garcia Martins não dispensa a Nike+ Running. Esta aplicação para telemóvel é uma das maiores comunidades de corrida do mundo. Permite controlar percursos, distâncias, ritmo, tempo e calorias queimadas, seja numa primeira prova ou a bater um novo recorde pessoal, com feedback áudio durante a corrida. É ainda possível aceder a programas de treino e exercícios diários, tirar e publicar fotografias, escolher uma playlist para correr, definir objetivos para competir com amigos e partilhar resultados. "Acho que é importante monitorizar a performance e estar atenta à minha evolução. Como fica tudo registado no telemóvel, acho engraçado comparar resultados, ver o que fiz há um ano e o que já consigo fazer agora."

Para iOS e Android. Grátis.

O meu PT diz que devemos respeitar a santíssima trindade que é o treino, o descanso e a alimentação: têm todos o mesmo peso na balança e devemos dar atenção aos três. Eu confesso que na alimentação não sou tão regrada como gostaria e depois desculpo-me no facto de fazer exercício para poder cometer um pecado ou outro. Mas no geral tento levar uma alimentação equilibrada e diversificada, sem grandes excessos. Há coisas que não consumo de todo, como fritos ou carne de porco, mas sem fundamentalismos.
Se há algum segredo para conseguir correr? Costumo dizer a toda a gente: se eu era um ser completamente letárgico e de repente consigo correr uma maratona, qualquer pessoa consegue – essa é realmente a prova. E tenho visto muitos exemplos assim perto de mim: pessoas que nunca fizeram desporto, começarem a correr e apaixonarem-se pela modalidade. Além de que é um desporto muito democrático – qualquer pessoa pode correr (desde que não tenha nenhuma limitação física), não é necessário um grande investimento em material, pode-se correr a qualquer hora, em qualquer lugar, depende apenas de nós e da nossa vontade. Mas o segredo é começar, é o querer superar-se – foi isso que me levou a querer correr sempre mais. Mas não posso dizer que seja, como o meu marido é, uma apaixonada pelas corridas. Não sou, há muitos dias que me custa imenso sair de casa e que vou completamente contrariada. No entanto, nunca me arrependi de ter ido correr.
Para quem quer começar a correr, o primeiro passo é ir a uma consulta médica e ver se está tudo bem (nomeadamente nas articulações e no coração). Muitas pessoas começam a correr e não têm noção dos seus limites e das implicações que isso pode ter na sua saúde. Depois, devem investir nuns bons ténis. Correr com os ténis errados pode provocar lesões muito graves, pelo que se deve fazer um teste de passada, saber qual é o nosso tipo e comprar uns ténis de acordo com isso. De seguida, há que ir correndo de forma progressiva e não há mal nenhum se ao início só conseguirmos andar. Não vale a pena querer correr logo 10 quilómetros de uma vez porque o mais certo é não conseguir e acabar por perder a motivação. Resulta muito inscrevermo-nos numa corrida dali a 4/6 meses, não importa a distância. Há corridas para iniciados, de 5/10 quilómetros, e acho que esse pode ser um grande incentivo para as pessoas se focarem e saberem que estão a treinar com um objetivo específico. De resto, há imensos planos de treino disponíveis na Internet, é escolher um que pareça equilibrado e razoável. Por fim, aumentar gradualmente os objetivos à medida que se vão ultrapassando novas etapas."
Ana Garcia Martins (autora do blogue A Pipoca Mais Doce)
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