Um cão é bom para a família?

Amélia, 38 anos, Cascais

17 de fevereiro de 2016 às 10:50 Dra. Catarina Rivero

 

Do ponto de vista das crianças, os ganhos parecem também ser grandes e a diversos níveis. Filhos únicos, por exemplo, tendem a criar laços mais fortes com os animais de companhia (o mesmo acontece com crianças que vivem apenas com um dos pais). Vários estudos referem que as crianças que crescem com animais de companhia tendem a ser mais empáticas, para além de ficarem mais cientes da responsabilidade de cuidar, da importância das regras e da atenção às necessidades do outro. A relação que estabelecem com um cão pode ajudar na educação e socialização, bem como na confiança afetiva. A alegria do cão ao ver a criança a chegar a casa (mesmo que se tenha portado mal), ajuda a sentir-se amada incondicionalmente e muito segura.

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Os ganhos também se verificam ao nível da conjugalidade, havendo estudos sobre padrões relacionais que sugerem maior bem-estar e interações mais positivas e descontraídas entre casais com animais de companhia. A dinâmica da família é também beneficiada pela comunicação que tem de haver no estabelecimento de regras (que terão de ser consistentes), bem como no cuidado com as necessidades do animal. Ainda, mesmo em famílias em que há menos expressão de afetos (abraços e beijos, por exemplo), tal pode ser facilitado com a presença de um animal que virá pedir carinho e atenção aos donos.

 

Assim, são de facto muitos estudos que referem que as famílias com animais de companhia (nomeadamente cães e gatos) beneficiam de maior resiliência, comunicação, expressão de afetos. Os animais podem ainda ajudar a gerir emocionalmente perdas e momentos difíceis da família, com suporte emocional. Trazem ainda um sentimento de utilidade e pertença, ajudando a combater um eventual sentimento de solidão. Porém, há que considerar que será positivo se for uma opção consciente e motivação de todos para receber o novo ser. Caso seja a opção, desejo felicidades.

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